Parceria com a Unimed acabou após 15 anos
Parceria com a Unimed acabou após 15 anos

Conhecida, nos últimos anos, por honrar seus compromissos financeiros, pelo menos no que tange o contrato de jogadores ligados ao Fluminense, a Unimed não depositou o 13º dos atletas e, também, deve atrasar os salários de janeiro. Baseado em declarações recentes de Celso Barros, o maior grupo político do Flu, a Flusócio, fez um post aponta a contraditoriedade do mandatário da empresa e pediu a ajuda dos tricolores.

Confira:

 
 
 

“Em dezembro, logo após ser anunciado o rompimento unilateral da parceria entre Fluminense e Unimed por conta de dificuldades financeiras da patrocinadora, ocorreram rumores de que a ex-parceira não honraria os contratos de direitos de imagem dos jogadores. Na época, as palavras de Celso Barros foram as seguintes:

“- Eu garanto: a Unimed vai cumprir todos os seus contratos com os jogadores do Fluminense. Os contratos serão honrados. Mesmo que a parceria tenha sido encerrada, mesmo que a marca da Unimed não esteja estampada no uniforme do clube – disse Barros.”

Menos de um mês depois, os atletas sob contrato que recebem a maior parte da sua remuneração via Unimed, não receberam o pagamento no quinto dia útil de dezembro e foram avisados que não haverá depósito também em janeiro. A cooperativa médica já havia atrasado em 20 dias o pagamento de novembro, e os jogadores também não receberam o 13º. Os únicos depósitos que entraram nas contas dos atletas foram referentes à parte que cabe ao Fluminense – que aliás fez o depósito adiantado.

Em entrevista ao Globoesporte.com, num discurso totalmente diferente aquele de 20 dias atrás, ao ser perguntado sobre a inadimplência com os atletas, Celso Barros afirmou que “…estamos com outros problemas mais sérios para resolver do que esse depois de 15 anos“.

Em nota oficial, a cooperativa afirma ainda que “…Todos os procuradores dos jogadores estão sendo acionados para solução caso a caso, levando-se em conta inclusive as eventuais mudanças de clube“.

Diante de todo este cenário, aqueles que suspeitavam de inadimplência com os atletas por parte da patrocinadora pelo visto estavam certos. Tudo indica que os atletas vão ficar a ver navios, pois a cooperativa provavelmente não conseguirá honrar suas remunerações até que ocorram propostas e uma negociação suave que seja boa para todas as partes, inclusive pra ela mesma, que é dona de grande parte dos direitos econômicos destes jogadores.

Se quiser ter ao menos a chance de manter alguns craques, o Fluminense precisará mobilizar sua torcida numa campanha de associação jamais realizada. Com 20 mil sócios a mais pagando R$ 35,00 por mês talvez seja possível arranjar orçamento novo para manter alguns ídolos na equipe, tais como Conca e/ou Fred.

Com a atual situação do futebol brasileiro e a ruptura por parte da Unimed, os próprios jogadores precisarão reavaliar suas pedidas salariais, principalmente porque não receberão no patamar Unimed em nenhum outro Clube do Brasil hoje em dia. É fácil constatar que estamos num momento pós-Copa decepcionante para o futebol brasileiro, onde existem novas alterações em regras da FIFA que dificultam os investidores do futebol e uma retração geral dos investimentos por conta do mau momento na economia brasileira.

É hora de fechar uma parceria com o torcedor e com os jogadores que desejam de verdade permanecer na casa. É hora de chamar os jogadores para o lado do Clube e da torcida que os elevou aos status de ídolos. O simbolismo institucional em cima disso seria muito grande.

Em 1975, o Fluminense montou um time que foi chamado de Máquina Tricolor com um lema que mobilizou a todos e marcou época: “Comprem que a torcida garante!” É verdade que os tempos são outros e o negócio futebol precisa de cifras muito maiores para financiar a presença de grandes jogadores no time, mas se quiser ter a chance de manter grandes jogadores em Laranjeiras, está claro que a torcida precisará dar a sua resposta.

E mesmo que a mobilização não seja suficiente para financiar os grandes craques, mais do que nunca o torcedor precisa estar ao lado da instituição daqui em diante, para somar e fazer a diferença na capacidade de investimento de sua paixão”.


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