flusocio1A diferença nos valores que Fla e Corinthians receberão de cotas de TV, a partir de 2016, serão três vezes maiores do que o que o Tricolor vai ganhar. Tal disparidade foi muito criticada, tendo detalhes revelados, através do blog do maior grupo político do Flu.

 
 
 

Confira o post na íntegra:

“O futebol brasileiro, que há pouco mais de um ano foi humilhado dentro de casa, está prestes a sofrer um baque ainda maior. Será o fim da competitividade em igualdade de condições para diversos clubes que sempre protagonizaram o esporte no Brasil, em benefício de apenas dois deles.

A emissora que detém o direito das transmissões se travestirá de deusa do esporte e passará a determinar quem será grande, quem será médio e quem será pequeno no futebol do país a partir de 2016. A distribuição das quotas de tv passará a ser tão absurdamente desigual que se tornará praticamente impossível para os demais clubes competirem com Flamengo e Corinthians.

Sim, houve um contrato assinado até 2018. Sabemos bem disso. Os dirigentes do Fluminense e dos demais clubes têm sua parcela de culpa. Mas não se sabia, na ocasião, que a emissora pretendia criar uma diferença tão abissal e inaceitável entre os dois clubes de maior torcida e todos os demais.

No entanto, contratos embora assinados com prazo de expiração, não são obrigatoriamente imutáveis. Eles podem e devem ser revistos quando se torna flagrante que uma das partes será muito prejudicada. Não há nenhum dado técnico, nem mesmo de audiência que justifique a diferença estratosférica que a emissora quer impor. Por exemplo, no domingo de 23/08/2015 o clássico Flamengo x São Paulo perdeu em audiência para Joinville x Fluminense. 

O Fluminense precisa formar o mais rapidamente possível um bloco com Cruzeiro, Atlético-MG, Internacional e Grêmio, quatro dos clubes igualmente prejudicados. Esses cinco clubes representam dezenas de conquistas de Campeonatos Brasileiros e Copas do Brasil. Sempre foram protagonistas e agora estão sendo alçados artificialmente à condição de coadjuvantes. Eles podem negociar juntos, somar forças. O Botafogo também pode participar, caso se livre da posição subserviente ao status quo, que demonstrou ao longo do campeonato estadual deste ano. Outros clubes também poderão se juntar ao bloco posteriormente, pois até mesmo os que ganharão mais do que os acima citados também serão prejudicados e perderão competitividade com relação aos dois – sempre – favorecidos.

Não aceitamos que o poderio econômico de uma emissora atue dessa forma, mudando a relação de forças do futebol brasileiro. Se é Flamengo e Corinthians que a emissora quer, que ela transmita apenas os jogos deles, pois os demais não podem aceitar ser transformados coadjuvantes.

A ótima entrevista recente do Presidente Peter Siemsen no programa Seleção Sportv nos dá um alento sobre a forma como o Flu se posiciona institucionalmente sobre o problema. Mas precisamos de atitudes imediatas, concretas e em bloco, e elas não podem esperar por 2018, onde os danos à competitividade já poderão ser irreversíveis”.


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