Odair segue firme no Flu (Foto: Lucas Merçon - FFC)

“Odair faz um trabalho melhor que o Sampaoli no Atlético-MG”, dispara um famoso locutor esportivo, voz potente da “Flapress”.

Habilidoso agitador de massas, julga-se formador de opinião. Quem se julga assim nos trata como imbecis, incapazes de pensarmos por nós mesmos.

Esquece- se de que se assim o fosse, torceríamos para outro time carioca, não o Fluminense. Somos Fluminense exatamente porque pensamos por nós mesmos sem depender de confetes e serpentinas maquiadas.

A comparação já seria patética, no entanto, a afirmação, por si só, soa ridícula. A grande e bela voz vem espetar técnicos não-brasileiros: “os modinhas”.

Antes, vale registrar que é claro que devo admitir que Odair tem mérito nesse momento. Como gestor de elenco. É inegável que se ele não fosse bem quisto, não teríamos visto em apenas 4 dias, após a vergonhosa derrota e eliminação na Copa do Brasil, os jogadores “voando baixo” em campo contra o Coritiba.

Mas, voltando ao Sampaoli. Claro, “os modinhas” atrapalham o trânsito de agentes, facilitação de jogadores nos clubes e etc. É normal o incômodo gerado nos bastidores.

O incômodo anda tamanho que já que “com Diniz não dá”, elegeram Odair o “melhor de todos os tempos agora” para levantar a moral dos treinadores brazucas.

Imagine jogador de empresário brasileiro barrado em clube se estes investirem em técnicos como Sampaoli (como afirmou o ex-jogador e comentarista da TV Globo, Pedrinho, quem “não aceita interferência de agente de jogador”).

Sampaoli foi vice-campeão pelo Santos com números melhores que um campeão brasileiro com Pituca, Soteldo, Alisson, Jean Mota e mais uns 20 jogadores desconhecidos.

Sampaoli disputa o título com um Atlético-MG com Natan, Jair, Keno, Sasha… Amigo: Sasha e Keno é a dupla de ataque. Você entendeu? Mas o locutor afirma que Odair faz melhor.

Puxa, espere aí um pouco para ser menos ridículo.

Escolher para exaltar logo o técnico do time que quando faz 1×0, “a torcida entra em pânico”, como bem disse Leandro Dias, é dose pra mamute!

Está bem, está bem, eu sei: “O sistema é f***.” Ôh, se é.

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No G4, o Fluminense volta a viver mais do mesmo: mídia exaltando técnico para não mencionar o peso da camisa e valor dos jogadores da instituição que quer ver acabada ou como figurante; jamais antagonista, protagonista.

Mais do mesmo, os dirigentes só aparecem na boa. O ‘coitado’ do Abad nem isso teve. Após semanas, o atual mandatário reapareceu e tudo, gente.

Em entrevista à programa da Band, Mário Bittencourt quase me convenceu que deveria beijar-lhe os pés pelo sacrifício que ele faz para exercer o mandato e como é dura a sua vida de presidente do meu amado Fluminense.

Por pouco não se auto-definiu como heroico por ter pago R$ 25 milhões. Juro, quase chorei nessa parte… Será que é dívida com contratações ainda de 2016 quando ele fora vice de futebol?

Ao elogiar Odair, não quis aumentar o sarrafo, não, às vésperas de iniciar renovação contratual. Fez bem. Se pedir aumento pelo G4, faça como está fazendo com Dodi: nada de supervalorizar-se assim!

No entanto, bem comedidamente, afirmou que Odair tem “duas grandes qualidades: – Com ele é “olho no olho”…

Você lembra a outra? Parei nessa. Não tenho tido muita tolerância. O ano está sendo drástico a todos nós, os mortais, e ando sem paciência, talvez seja excesso de Flusócio.

FALANDO NISSO… “Recordar é viver”, o orgulho por pagar dívidas.

Como venho afirmando, ao contrário dos cruzeirenses, pegos de surpresa, a torcida do Fluminense não goza do direito de errar, nem se iludir mais…

Nota Oficial: “É inegável que o resultado obtido pela gestão ao longo de seus primeiros 5 anos no controle e equalização das dívidas do clube foi muito bom, sobretudo considerando-se a situação encontrada em janeiro de 2011.” (Flusócio, grupo da Gestão Peter e Abad, em 21 de junho de 2016).

DOIS ANOS DEPOIS…

“Até 2016, Peter Siemsen era considerado por alguns tricolores como um dos, senão o melhor presidente da história do Fluminense. Após Pedro Abad ganhar a eleição em novembro de 2016, apoiado pelo ex-presidente, muito do que foi feito na gestão anterior veio à tona, mudando a opinião de muitos torcedores. A mais nova foi descoberta pelo jornal Extra: receitas bloqueadas por manobra feita por Peter em 2013” (Redação – NETFLU – 27 de janeiro de 2018).

Abaixem as cortinas, mas com extintor de incêndio em mãos para não se distrair com as cortinas de fumaça.

Amanhã tem jogão na terra de Raquel de Queiroz e José de Alencar! Padim Ciço!

Será que, sem a liderança de Fred no vestiário e em campo, vamos manter a pegada ofensiva?

Tomara! Afinal, valerá muito a pena medir o quanto há do dedo do técnico nessa invencibilidade bendita de 7 jogos.

Em nada, taticamente, Odair modificou. Continua o mesmo treinador horroroso: escala mal, substitui pior ainda. Posiciona um jogador de característica ‘x’ para fazer função ‘y’ e o ‘y’ na função ‘x’.

Quase trágico, Hellmman apenas se valeu de momentos muito bons individualmente desse e daquele atleta em campo (pena que não vieram contra Union La Calera nem Atlético-GO).

Sempre quando precisamos de um técnico, tivemos um time espaçado, bagunçado, mal treinado, enfim. O resto é “blá, blá, blá” e “ti, ti, ti”.

À vitória, Fluzão!

ST.