(Foto: Lucas Merçon/FFC)

Oi pessoal!

 
 
 

Ele não é mero jogador de futebol; ele é o Mestre-sala que baila e protege, com elegância, galanteio e gentileza, a sua Porta-Bandeira: a bola.

Ele não pode correr. Correr destrói a evolução e a harmonia; ele desfila. Dizem que ele é lento. Que erro estúpido! Porque ele é mesmo todo talento.

Ele acelera a bola, ele é a melodia do violão, o choro do cavaquinho.

Sua comissão de frente é o passe vertical, onde a redonda desliza em perfeita sicronia como passos de uma sambista.

Símbolo da sua bandeira? Colocar companheiro na cara do gol fazendo a bola passar entre três, quatro adversários de forma inacreditável, deixando a quem assiste embasbacado: como a redonda passou por ali?

Assistir a Paulo Henrique Ganso no Estádio do Maracanã é um presente dos deuses do futebol para todo aquele que, como eu, se encanta com o talento.

10! Nota 10!

“O show tá co-me-çan-do. E Gan-sou, ôôôôô com o NENSE.” Te

Eu já sabia.

Toques rápidos:

– Gostei de ver o Caio Henrique podendo fechar para o meio (zona de criação).

– Diniz quer fazer o Dodi ser o Tchê-Tchê. Embora o estilo seja parecido, acho que falta ao Dodi inteligência de jogo. Allan tem. Só que Caio Henrique seria meu segundo volante, fácil.

– Contra a Cabofriense, tomamos uns três, quatro contra-ataques (com o adversário com um a mais) contra a nossa defesa porque o segundo volante não recompôs como Caio Henrique o faria. Não pode jogadores que só correm e carregam a bola quererem trotar em campo como o camisa 10. Até este eu vi recompor. O que é um crime hediondo (risos).

– Imaginando Pedro recebendo essas enfiadas de bola do nosso 10!

– Desculpe o menino que tem recursos para evoluir, mas não está dando mais ver o Calazans jogar como se estivesse numa pelada de rua, num time de toque de bola que visa o gol com calma. Ele entra para dar profundidade, ir à linha de fundo e ele escolhe,em  99% das vezes, a jogada errada.

– Algo de que gostei muito: time entrando de cabeça erguida e jogadores conversando em campo. Um orientando o outro. Isso é futebol. Isso é o que amo. Obrigada, rapazes. Obrigada, Fernando Diniz.

– Não sou Paris Saint Germain, não. Meu Deus, que horrível torcer para o Fluminense vestindo azul marinho. Na TV, ainda vemos “a gravata” com nossas cores; no campo, o azul escuro predomina. Inacreditável o Conselho Deliberativo aprovar um cor que nada diz sobre nossa história.

– Quinta,  às 20h, Fluzão x Boa Vista. Anote aí porque Ganso nem precisa jogar bem, basta andar em campo que já é bonito e vale o ingresso.

Imagem: Lucas Merçon/Fluminense F.C.