O Fluminense deverá adquirir, até o fim do ano, o STK Samorin, clube que disputa a segunda divisão do campeonato eslovaco. O gerente da base tricolor, Marcelo Teixeira, explicou a ideia de comprar um clube europeu.

– Tínhamos parcerias na Europa, mas sem controle sobre os jogadores, se atuavam ou não. Agora, vão jogar uma competição lá, aprender línguas. O inglês será o idioma no clube. É um desenvolvimento também do ser humano. Nossos treinadores também vão se graduar na Europa. Haverá uma exposição do atleta, uma colocação do clube no mercado. Vamos ocupar um espaço: clubes médios da Europa, hoje, compram e revendem jogadores brasileiros. Se houver venda, será reinvestido em formação e pagará todo o projeto. Há uma mistura de culturas e a cidade tem zero de racismo. Era uma preocupação. Levamos jogadores negros da base e não houve qualquer incidente – diz Marcelo Teixeira.

 
 
 

A escolha pela Eslováquia foi estratégica para o Fluminense. Entre deles, o custo de vida e o custo da liga. O campeonato do país tem muitos jovens e, em média, os salários na segunda divisão variam entre 1,5 mil e 3 mil euros. Ou seja, o investimento é baixo e, com uma equipe cheia de jovens de Xerém, o acesso é possível. Samorin, de apenas 15 mil habitantes, foi considerada também acolhedora.

Os objetivos do projeto incluem valorizar e vender jogadores. O Fluminense entende que a compra do STK permitirá, em caso de sucesso esportivo, expor os jovens de Xerém, reforçando na Europa a imagem de bom formador. O que amplia oportunidades de negócio.