A Odebrecht, sócia majoritária do Maracanã S.A, entregou formalmente o pedido de rescisão do contrato de concessão ao Governo do Estado do Rio de Janeiro pela gestão do estádio. A expectativa da empresa é sair de maneira amigável. Em caso de nova licitação, Fluminense e Flamengo surgem como eventuais candidatos a assumir a gestão. No entanto, o governo desconfia da saúde financeira de ambos os clubes para manter a arena.

O custo de manutenção do estádio é estimado em R$ 50 milhões anuais, isso sem contar os gastos com jogos e outros eventos. A ideia do governo é que se os clubes se canditatarem a assumir o Maracanã o façam em consórcio, com um parceiro privado capaz de dar o suporte financeiro. Já as agremiações não pensam em fazer isso.

 
 
 

— Se Flamengo e Fluminense entram consorciados com uma empresa e depois essa empresa não se mantém, ou não consegue operar o estádio, os clubes não podem substituí-la. Queremos nos candidatar dando garantias ao estado de que contrataremos uma companhia com capacidade de operar e ajudar a manter o estádio. Não é postura de pressionar o governo, é por acreditarmos ser a forma de dar sustentabilidade ao Maracanã. Num estádio de manutenção tão cara, ter mais um ente a dividir os lucros, como ocorre hoje, inviabiliza ainda mais. Os clubes têm um projeto de viabilidade do Maracanã, é possível cortar custos e aumentar as receitas. É viável – disse o diretor-geral do Flamengo, Fred Luz.

Uma coisa é certa: o governo não tem planos de reassumir a gestão do Maracanã.