O “Grupo Arco-Íris”, que defende as causas “LGBT”, ingressou com um requerimento no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RJ) para ser assistente de acusação no julgamento contra o Flamengo, por conta dos cantos homofóbicos por parte de sua torcida na semifinal da Taça Guanabara contra o Fluminense. A informação é da jornalista Gabriela Moreira.

Como uma forma de reparar os danos dos gritos proferidos, o grupo pede que uma possível multa pela condenação seja revertida em ações em prol da causa, como campanhas educativas e de esclarecimento, um “ato de desagravo à comunidade LGBT+ pela diretoria do clube” e a realização de uma “partida de futebol beneficente, com arrecadação de livros, alimentos e roupas para organizações não governamentais de assistência às vítimas de violência do segmento”.

 
 
 

A associação ainda argumenta que “os espaços futebolísticos são culturalmente e historicamente homofóbicos. Sempre foi difícil encontrar manifestações homoafetivas uma vez que o medo é, infelizmente, uma característica inerente à comunidade LGBT+, e ainda mais presente em estádios e futebol. Os clubes têm papel preponderante neste debate. É deles a responsabilidade de mudar esta cultura dentro do futebol. Quando o clube se exime de participar, a torcida entende que é permitido, que é aceitável”.