O grupo político Flu 2050, que lançou Carlos Eduardo Cardoso como candidato à eleições presidenciais do Fluminense, em novembro, fez um post criticando o momento do futebol do time. O grupo entende que a situação é a mais difícil da história tricolor nas últimas duas décadas e propõe soluções imediatas para que o pior não aconteça. Confira a publicação:

 

 
 
 

Sinal de Alerta

O Fluminense atravessa o momento mais difícil de sua História nos últimos 20 anos. O que se vê hoje em campo é o reflexo de uma sucessão de erros na gestão. É importante que se promova uma mudança de rota emergencial para evitar a volta de um passado de triste memória.
Nunca os torcedores estiveram tão distantes do time. E isso não se deve apenas ao fato de jogar a centenas de quilômetros da Cidade do Rio de Janeiro (por falta de planejamento indesculpável). Com ou sem Maracanã, muitos torcedores apaixonados já não conseguem assistir aos jogos. Nem pela televisão. A inoperância, a apatia, a falta de padrão de jogo e o descompromisso com os resultados separam hoje time e torcida. O apoio depende da percepção de que há luta, suor, entrega. Foi o que aconteceu em 2009.
Hoje falta força para vencer adversários menos qualificados em partidas com mando de campo. Este costuma ser o maior alerta numa competição tão nivelada. Ao negar tal evidência, corre-se o risco de repetir o erro de três anos atrás. O rebaixamento em campo de 2013 se deveu em boa medida à lentidão em realizar as mudanças.
Não faltaram recursos neste ano. Faltou gestão na alocação destes recursos.
O que se propõe de forma clara e objetiva é:
• A contratação de três ou quatro jogadores que, reconhecidamente, chegarão para injetar dinamismo, velocidade e vontade de vencer a um grupo apático, aparentemente desmotivado e carente de liderança desde a saída de Fred. Definitivamente, nenhum jogador inativo há meses pode fazer parte desta relação. A janela internacional está aberta e é vital que se faça uso da possibilidade de reforçar o grupo com atletas que atuam fora do país. No próprio Brasileiro, há jogadores que ainda não completaram sete jogos e que poderiam ser úteis.
• A compreensão, por parte do presidente, de que ele nada entende de futebol e sempre que intervém diretamente causa dano irreparável ao clube. Isso inclui contratações e negociações altamente lesivas aos interesses do Fluminense. Neste momento, o presidente precisa entender apenas o sentido de urgência em mudar e delegar as questões do futebol a quem entende do assunto. Só com Peter Siemsen distante da gestão do futebol será possível reverter um quadro de tamanha gravidade.
O clube se encontra em pleno processo eleitoral, mas é importante que cada grupo ou força política se una em torno das mudanças propostas. Nada pode ser mais importante do que manter o Fluminense na Primeira Divisão.
Quanto ao presidente, ele tem diante de si a responsabilidade de evitar a consumação de um novo rebaixamento no campo (seu segundo em apenas três anos). É o lugar que ocupará na História do clube que está em jogo. Bem mais importante do que isso, é o futuro do Fluminense que está em jogo.
O alerta está feito.