Renato Gaúcho pode ser o novo técnico do Fluminense (Foto: Photocamera)
Renato Gaúcho pode ser o novo técnico do Fluminense (Foto: Photocamera)

Apontado como um dos entraves para o acerto entre Fluminense e Renato Gaúcho, o Flusócio negou ter interferência na escolha do técnico. Em post publicado no seu blog, o grupo político afirma não participar das decisões e pede austeridade financeira ao clube na hora de montar o elenco, sem jogadores caros na reserva.

Confira a íntegra do post do Flusócio:

 
 
 

“Com a forma rápida em que transitam hoje as notícias, mais pessoas tem cada vez mais acesso às informações de seu interesse. Com o futebol do Fluminense não é diferente. Hoje, muitos tricolores são capazes de identificar, em muitas situações, os motivos e as responsabilidades acerca dos rumos do departamento mais importante do clube.

Hoje, temos um clube mergulhado em dívidas imensas. As receitas estão pesadamente comprometidas com o saneamento financeiro do clube de forma que a capacidade de investimento próprio é bastante reduzida. Temos uma parceira que investe bastante dinheiro no futebol profissional, praticamente viabilizando a existência de um elenco forte em paralelo à solução paulatina do caos financeiro. Naturalmente, o patrocinador tem forte poder de influência nos rumos do futebol. Este é o modelo. Às vezes funciona, às vezes vai mal. Às vezes nos dá anos como os de 2007, 2010 e 2012, às vezes nos deixa à beira do desespero, como aconteceu em 2003, 2006, 2008, 2009 e 2013.

O que talvez o tricolor não saiba é que a Flusócio, embora seja vista frequentemente como o grupo que “manda” no clube, não tem qualquer influência nos rumos do esporte que mais nos interessa. As decisões tomadas, seja pela parceira, seja pelo comando do clube, não tem o dedo do nosso grupo. Muitas vezes não concordamos com as decisões, mas não torcemos contra. Nunca. E não seremos bode expiatório de quem quer que seja. Não nos usem para justificar nada, pois não temos, infelizmente, ingerência alguma nas decisões.

Dizem que o poder é solitário e entendemos a difícil situação em que se encontra o presidente do Fluminense. Se há um grupo que lutou por um presidente que tivesse uma visão dos reais problemas do clube fomos nós. E sabemos que ele está tendo que se adequar ao modelo. Vemos ações que, a nosso ver, não deveriam ser tomadas. Mas dá para impedir? Poder e responsabilidade andam sempre juntos, é como as coisas funcionam. A Cesar o que é de Cesar. Cada um tem que responder pelos seus atos.

E, ainda que possamos ter um bom ano, não vemos com bons olhos os rumos que o futebol profissional parece estar tomando. Um indício disso é o fato de o novo diretor executivo contratado não ter participado da escolha do técnico. Temos muito receio do que pode acontecer ao Fluminense em uma temporada em que o linchamento ao clube, promovido agora pela maior parte da mídia, se transforme em perseguição dentro das quatro linhas em 2014. Uma reformulação que oferecesse mais consistência ao futebol, a nosso ver, seria mais promissora. Repetindo, pode dar certo – e torcemos para que dê -, mas não parece que o caminho seja o melhor.

Esperamos que ao menos os projetos de construir uma Comissão Técnica permanente e utilizar mais atletas da base no profissional, de forma a evitar contratações de jogadores com custo alto para a reserva, continuem a ser tocados. E que os necessários investimentos no elenco para as posições carentes seja realizado. Até porque, com a saída de Felipe, Edinho, Anderson, Rhaynner, Thiago Neves, Deco, Wellington Nem, além de Rodrigo Caetano, a redução de ônus para a Unimed foi muito grande, o que permite que a recomposição das peças não acarrete grande aumento no orçamento em relação a 2013.”


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