2Oficialmente, Jackson Vasconcelos não possui mais qualquer ligação com o Fluminense. Mas na internet, o ex-braço direito do presidente Peter Siemsen, continua dando seus pitacos sobre os temas relacionados ao clube onde trabalhou. Na opinião dele, Enderson Moreira está na alça de mira do Tricolor, em caso de queda de Cristóvão Borges.

Em post intitulado “Enderson no Fluminense: solução de ocasião”, relembra a passagem do treinador pelas Laranjeiras em 2011 e dá a entender que defenderia o retorno do profissional. Confira o texto na íntegra abaixo:

 
 
 

“O frisson da semana no futebol foi a saída do técnico do Santos Futebol Clube, Enderson Moreira. As causas? Talvez todas as publicadas sejam verdadeiras ou nenhuma delas. No portal Terra, o Klaus Richmond listou sete motivos para a saída do Enderson, todos convincentes, apesar do significado do número sete no mundo das verdades e mentiras.

Sequer conseguimos saber se houve demissão, porque o presidente do clube, Modesto Roma Junior, na entrevista coletiva sobre o tema, avisou: “nem ele pediu demissão, nem foi demitido. Firmamos um acordo”.

Entretanto, ainda caminhava a coletiva, quando, por telefone, o empresário do técnico avisou a um dos jornalistas presentes que houve sim, demissão. A discussão deve estar no campo da obrigação de pagar a rescisão que, certamente,  inclui um percentual para o empresário.

Seja como foi ou porque foi, o Enderson deixou o Santos no tranco, de supetão, quase na véspera de um jogo importante, sem que o clube tivesse, sequer em mente, um substituto ou soubesse o que fazer diante da situação. Esse é outro traço de semelhança entre os clubes de futebol. Os técnicos, de uma hora para outra, pegam as suas tralhas e seguem caminho. E, dane-se quem fique para trás e o prejuízo que a decisão possa provocar ao clube.

Mas, não há para tais casos, multas pesadas? Claro! Todavia, eu desconheço um caso em que a penalidade tenha sido aplicada aos técnicos. Eles têm um poder mágico. Quando querem deixar um clube, tornam insatisfeitos os torcedores, que transferem o descontentamento para o seu colega de arquibancada que está, temporariamente, presidente do clube. E, como presidente manda, ele demite o técnico e o clube paga a conta.

O Enderson Moreira passou pelo Fluminense em 2011. Chegou no mês de março, para cobrir a saída do técnico Muricy Ramalho, que deixou o clube pela porta dos fundos, impulsionado pela primeira de uma série de conflitos que marcariam a relação entre os titãs, Peter Siemsen, presidente do Fluminense e Celso Barros, presidente da Unimed-Rio.

O Celso, feroz com a decisão do Peter de demitir o seu amigo Alcides Antunes da vice-presidência de Futebol, resolveu tumultuar o ambiente. Tinha a seu favor, a paciência do torcedor, que acabara de comemorar o tricampeonato brasileiro sob o patrocínio da Unimed-Rio.

Celso encontrou um bom argumento na saída súbita do técnico Muricy Ramalho. Patrocinador do time, detentor do poder de contratar jogadores e comissão técnica, o Celso Barros resolveu estrangular o sistema. O Fluminense não teria novo técnico se o vice-presidente seu amigo não fosse reconduzido.

Escolha do Peter, Enderson Moreira foi solução de ocasião e deu conta do recado. Não foram pequenas as dificuldades que ele enfrentou.  Mesmo assim, ficou poucos meses, porque o Sandro Lima assumiu as funções que foram do Alcides Antunes e, com habilidade, conseguiu que o Peter e o Celso Barros voltassem a se entender. Os três, Peter, Celso e Sandro, convidaram o Abel Braga, que assumiu o posto do Enderson no meio do ano de 2011.

Por Jackson Vasconcelos”


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