O jogo do ano. Carregando os anseios de milhões de torcedores espalhados pelo Brasil e mundo, fora os milhares presentes em Assunção, o Fluminense entrou em campo com o objetivo de dar mais um passo rumo a glória eterna. Encarando o Olimpia (PAR) no Defensores del Chaco, podendo perder até por um gol, já que havia vencido o primeiro jogo das quartas de finais da Libertadores, no Maracanã, por 2 a 0, os tricolores impuseram seu estilo e com show de JK e oportunismo de Cano, venceu por 3 a 1, garantindo vaga nas semifinais contra o Internacional.

Nervos à flor da pele? Ciente do que os donos da casa queriam fazer, o técnico Fernando Diniz repetiu a ousadia do primeiro jogo e manteve John Kennedy no time titular, com quatro homens, em tese, que poderiam ser chamados de atacantes: além da joia de Xerém, Keno, Arias e Cano. Baseado na toque de bola, tentando controlar a posse para evitar cruzamentos dos paraguaios, o Fluminense conseguiu segurar os 20 minutos iniciais. E melhor, abriu o placar.

Depois de uma saída bonita desde o campo de defesa, de pé em pé, Keno, um pouco mais recuado e centralizado, achou John Kennedy. Na corrida, o jovem não teve avançou sem medo e encheu o pé: 1 a 0. Apesar do gol, jogo seguia nervoso e truculento, com conivência exagerada da arbitragem. O Tricolor poderia até ter ampliado, mas esbarrava numa certa ansiedade.

O Olimpia, por sua vez, seguia buscando escanteios e cruzando de tudo quanto é lado. Mas foi quanto desistiu de cruzar e fez uma jogada individual, que empatou. O segundo tempo começou com o Olimpia tentando ensaiar uma pressão. Não deu para os paraguaios. A tática que funcionou com o Flamengo, caiu por terra diante do Fluminense.

Controlando o jogo, mesmo que a bola aérea seguisse um “Deus nos acuda”, o Fluminense era sempre superior. Numa jogada sensacional de JK, que passou por três, ele mandou passem em progressão para Lima, que iria aparecer frente a frente do goleiro. Mas antes do jogador do Fluminense partir para o lance, Cardozo o puxou fazendo falta. Como já tinha amarelo, foi expulso. Depois disso, o jogo ficou à feição dos guerreiros.

Depois disso, vieram os contra-ataques a lote. John Kennedy, incansável, recebeu linda bola, partiu pra dentro e chutou cruzado de esquerda. A bola bateu na trave e voltou para os pés dele, sim, DELE: Germán Cano, que não perdoou. Outras jogadas poderiam ter sido finalizadas em gols, mas não aconteceu. Só que, já no fim do jogo, Cano novamente muito bem posicionado, recebe, não se desespera em frente ao goleiro e faz o segundo dele: 3 a 1 e vaga assegurada! Que venha o Inter!