(Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)

Fernando Diniz será o técnico do Fluminense em 2019. Após ganhar notoriedade por levar o Audax-SP ao vice-campeonato do Paulistão em 2016, o treinador não conseguiu repetir os feitos no Oeste na Série B e no Athletico-PR no ano passado. Porém, deixou uma base no time paranaense, que foi aprimorada por Tiago Nunes e terminou o ano com o título da Sul-Americana.

Diniz é marcado por uma ideia de futebol ofensivo, apostando na posse de bola, na troca de passes intensa e grande movimentação. No entanto, para os jornalistas Fábio Chiorino e Rodrigo Borges, do portal LANCE, o treinador precisa ser menos radical com seu estilo e ideias.

 
 
 

Confira a publicação na íntegra: 

“Já faz alguns anos que Fernando Diniz é observado com um misto de esperança e curiosidade por torcedores e pela imprensa. Até onde o ex-meia conseguirá chegar como técnico e sua filosofia de jogo de toque de bola, sem chutão, sua ideia de jogo de bem-tratar o esporte? Foi aplicando este conceito que levou o pequeno Audax à final do Campeonato Paulista de 2016. Foi com este conceito que acabou demitido pelo Athletico Paranaense em junho, em um momento em que a equipe flertava com o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Seis meses depois, Diniz foi anunciado ontem como técnico do Fluminense. Fará um trabalho desde o início da temporada, como aconteceu com o Athletico. Até onde se sabe, sua ideia de jogo segue a mesma e agora vai aplicá-la em um time que tem maior torcida e visibilidade nacional. A aposta do Tricolor é boa. Despertará atenção já no início de 2019, mas o técnico terá de responder se aprendeu algum tipo de lição com a passagem pelo clube paranaense, a sua maior chance na carreira até agora. Deixou de herança o estilo de jogo que seguiu aplicado pelo jovem Tiago Nunes, mas aprimorado: Diniz ainda parece não ter entendido que às vezes é preciso ceder. Permitir um chutão, que nem todo zagueiro é capaz de sair jogando ou tem segurança para driblar perto da área. Ser menos radical com seu estilo e suas ideias – e são poucos os treinadores que têm uma ideia de jogo hoje no Brasil. Se conseguir aprimorar o conceito que tem, o Fluminense terá marcado um golaço.”