(Foto: Lucas Merçon - FFC)

Peça importante na vitória do Fluminense sobre o Sport no último sábado, no Estádio Nilton Santos, popular Engenhão, o atacante Lucca concedeu uma entrevista coletiva na última segunda-feira, no CT Carlos Castilho, na Barra da Tijuca.

Entre os assuntos comentados pelo atleta, falou sobre a sequência do Tricolor no Brasileirão, projetou o duelo contra o Coritiba na próxima rodada e ainda revelou se houve realmente um “racha” no elenco entre Fred e Nenê.

 
 
 

Confira, na íntegra, a coletiva do jogador:

Coritiba motivado depois de vencer o Vasco. Conhece o Coritiba? Vai ser mais perigoso?

— Nesse momento do Campeonato nenhum jogo vai ser “fácil”. Todos estão brigando por algumas coisas. Nossos próximos adversários estão brigando pela permanência. Vão ser jogos de muita intensidade, vibração, vontade. Temos de entrar da mesma forma, senão vamos ser surpreendidos. É trabalhar firmemente esses dois dias que temos. O Marcão vai passar para a gente os pontos fortes do Coritiba e vamos nos preparar bem.

Desempenho ofensivo do Fluminense

— Complicado citar alguma coisa, um fator. Obviamente que para nós que jogamos ali na frente queremos sempre ter oportunidade de gol, buscar o gol. Quando não acontece, escutamos aí de vocês.. Cobrança vem e é normal. Depois de um resultado ruim, é natural que gere desconfiança em muita gente. Isso foi notório, todos sentimos que teve essa desconfiança de muitos. Ainda bem que tivemos a chance de dias depois ter outro jogo para tentar restabelecer o natural. Conseguimos vencer, mas para muita gente ainda não convenceu. Sabemos que pecamos em vários setores. Então, cabe a gente ver nesses dois dias para na próxima partida não acontecer novamente.

Faltam nove jogos. Já trabalha com algum número de vitórias ou pontos para alcançar e conseguir uma vaga na Libertadores?

– Não estipulamos um número que temos de chegar para conseguir o objetivo. O objetivo é claro, os torcedores e nós sabemos que o foco é a Libertadores. Não estipulamos número de vitórias, pontos. Estão todos vencendo. As equipes que estão disputando a vaga estão vencendo então temos de fazer o nosso papel para seguirmos firmes e fortes na briga. As últimas rodadas são um campeonato totalmente diferente do começo. Atmosfera e adrenalina diferentes. Temos de buscar as vitórias e no final vemos o que acontece.

Temporada atípica. Brasileiro vai acabar e começar já as outras competições

– Uma parada totalmente diferente. Com o passar do tempo, estamos nos adaptando com toda essa situação. Sabemos que o campeonato chega nessa reta final com jogos seguidos, o cansaço pode pegar. Não vamos ter os 15 dias normais de descanso. É um ano diferente para todo mundo então temos de nos adaptar o mais rapidamente possível para conseguirmos os objetivos do clube e os nossos individuais. Então acho que o mais importante é se adaptar o mais rápido possível.

Posição preferida

– Não tenho muita preferência. Já falei isso outras vezes. Vinha jogando de uma outra forma fora do Brasil. Aqui tive de me readaptar e já estou adaptado. O Marcão sabe disso, o Odair sabia. Onde ele achar que eu esteja bem, estou apto a fazer. Onde ele preferir, eu me sinto bem.

Teve racha de Fred e Nenê? Como estão os bastidores

— Isso aí não sei quem criou sobre Nenê e Fred. Acabamos brincando ali. São dois caras de tirar o chapéu. São grandes pessoas. Não existe nada disso. Nosso elenco é muito bom, não tem vaidade, esse tipo de situação. Infelizmente, as pessoas… Uma equipe que tem a grandeza do Fluminense, pega a partida do jeito que a gente perdeu, sempre tem alguém querendo inventar um atrito. Isso não existe, mas eu te afirmo com toda a clareza que não existe racha. São pessoas do bem, grandes homens. Afirmo que nunca existiu isso aqui.

Comemoração do Ailton depois do jogo. Postura do time contra o Sport. Ficaram satisfeitos?

– O Sport não está na zona, está brigando. Sabemos que não foi um jogo que saíram as coisas da forma que queríamos. Mas vencemos. Tem outros times que brigam para ser campeão e não conseguem vencer às vezes, mesmo quando jogam bem. Eu acho que essa oscilação é normal. Mas quando isso acontece, temos de procurar o mais rápido possível voltar a naturalidade. Perdemos uma partida que foi difícil, viemos jogar contra uma equipe bem armada, bem montada. Sabíamos que seria difícil. Pecamos e estamos cientes disso. Mais importante foi vencer. Procurar voltar novamente a confiança. Isso é importante.

Mais difícil enfrentar times que brigam para não cair ou de cima?

– Nesse momento do campeonato todos os jogos acabam se tornando difíceis. O Coritiba por exemplo briga pela permanência. Tem de procurar vencer. A gente briga por Libertadores e também tem de vencer. A adrenalina aumenta, a competitividade também. Jogar contra o Coritiba ou jogar contra São Paulo, Flamengo, que brigam pelo título, a dificuldade é igual. Não tem mais fácil ou menos. Todos os jogos têm sua importância e dificuldade.

Como está sendo atuar no posicionamento que fez?

– O Marcão sabe que jogo ali pelo lado direito ou esquerdo, se precisar centralizado, também jogo.