Mário durante discurso para os conselheiros do Fluminense (Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense FC)

Quem frequenta as reuniões do Conselho Deliberativo (CDel) já sabe. Quem não frequenta e desconhece o tema, jamais saberia. Discutido a exaustão no último ano de gestão de Pedro Abad e na primeira gestão de Mário Bittencourt, sendo promessa quando ele ainda era candidato, o voto online continua sendo um tema preterido nos bastidores do Fluminense.

Completados mais de sete meses da reeleição do advogado, as discussões a respeito da implementação do dispositivo estão paradas tanto na Conselho Diretor como no Conselho Deliberativo. Um membro do CDel, que não quis se identificar, revelou ao NETFLU que “sempre aparece um tema que julgam mais relevante do que o voto online”, por isso a manutenção do preterimento do sistema.

No ano passado, o Fluminense respondeu a uma ação pedindo explicações para a não implementação do sistema, já que o presidente Mário Bittencourt havia prometido. Em resposta à ação, o representante do clube destacou que o Fluminense entende que voto online não é urgente e nem está previsto no Estatuto. Não houve absolutamente nenhum avanço sobre desde então. 

O presidente Mario Bittencourt e seguidores, que tinham a pauta como promessa de campanha para 2019, alegaram que o tema competia ao Conselho Deliberativo, não ao mandatário do Fluminense. E que seria casuísmo fazer na última eleição, ou seja, precisava ser aprovada para valer a partir da próxima gestão, agora encabeçada por Mário, outra vez eleito.

O CDel, por sinal, é constituído basicamente por apoiadores do mandatário tricolor, o que contribui para que a questão seja protelada enquanto não houver uma solução a respeito. A pressão interna para tocar o sistema adianta é praticamente zero neste momento.