(Foto: Lucas Merçon - FFC)

Desde que assumiu a gestão do Maracanã junto ao Flamengo, o Fluminense, de acordo com borderôs de partidas divulgados, vem tendo prejuízo. Situação essa desmentida por Mário Bittencourt. De acordo com o presidente tricolor, a análise feita levando em consideração unicamente este documento leva a conclusão equivocada, pois o mesmo não detalha todas as etapas do processo. E foi além: o mandatário também explicou a relação com o Rubro-Negro e a suposta dívida do clube das Laranjeiras a respeito da operação dos jogos no estádio.

– A relação com o Flamengo é ótima. Nos falamos quase que diariamente, não só com o presidente (Rodolfo Landim), mas com o Bap (vice de relações externas). A questão da dívida é que existe uma sociedade de propósitos específicos chamada Fla-Flu que administra o Maracanã. Toda e qualquer receita dos alugueis do estádio entram nessa SPE. E essa SPE tem uma obrigatoriedade de completar o valor por 6 meses, prorrogáveis por mais seis meses. O que passar disso, em tese, volta de lucro para os dois clubes. Nem o Fluminense, nem o Flamengo retiram dinheiro do seu caixa para pagar o Maracanã. A SPE e os sócios Flamengo e Fluminense, com os resultados dos jogos, esse dinheiro vai entrando e complementando esse mínimo que será avaliado no fim do contrato. Já havia um débito do Fluminense com a SPE em torno de 400 mil reais. Em nenhum momento nenhum jogo do Fluminense dá prejuízo – disse, complementando:

 
 
 

– Vocês (imprensa) consultam o borderô, que é da Federação, que não retrata toda a operação do estádio. Não tem nada de legal. Todo sócio futebol que vai ao jogo, essa receita o Fluminense já recebeu. Ele não entra no borderô. Então, Fluminense e Peñarol foram 9 mil sócios. O borderô declara como se fosse despesa de 10 reais por cada torcedor. Alimento e bebida é direto para os dois clubes. Isso não entra no borderô. A operação completa de um jogo, Flamengo e Fluminense têm resultado positivo, obviamente com relação a proporcionalidade de pessoas que vão ao estádio. Recebemos o pagamento do sócio futebol por uma empresa terceirizada. Esses valores foram bloqueados por penhoras dos cento e tantos processos fora do Ato e não conseguimos fazer o aporte das receitas dos jogos dentro da SPE. Isso não é devido ao Flamengo, mas à SPE. Se no final das contas, houve um lucro de X e o Fla dois Y mais do que o Flu, ele receberá um resultado maior porque fez um aporte maior.

Mário Bittencourt reconheceu também o débito de R$ 652 mil ao Flamengo. Porém, o valor a ser recebido em virtude da compra de Gerson como clube formador supera isso. Ele reforça que a operação está longe de ser deficitária para os cofres tricolores.

– Em relação à dívida que é hoje é de 652 mil reais, temos um valor por receber do Flamengo pela compra do Gerson. Esse percentual do mecanismo de solidariedade é maior do que a dívida e autorizamos o Flamengo a fazer esse desconto. Quero repetir que o Maracanã hoje não dá prejuízo, o Fluminense tem total condição de administrar o estádio como vem fazendo, a cada dia aumentando seu programa de Sócio-Futebol. É importante que os jornalistas passem a entender que as matérias hoje se resumem ao borderô e não à operação do estádio completa. O Maracanã não dá prejuízo ao Fluminense, posso afirmar isso – garantiu.