Marcelo Teixeira analisa razões para mau momento do Flu no Brasileiro

Gerente geral da base volta a reconhecer dificuldade por ter elenco excessivamente jovem

(Foto: Nelson Perez/FFC)

Um dos responsáveis pelo comitê gestor de futebol do Fluminense, Marcelo Teixeira fez parte do planejamento do time para 2017. Ao analisar os motivos para o mau momento no Campeonato Brasileiro, o gerente geral da base reconheceu mais uma vez o quanto é complicado enfrentar uma temporada com um elenco excessivamente jovens.

– Os resultados não estão bons. Apesar de continuarmos na Sul-Americana, que é algo relevante, afinal, com um time de garotos eliminamos a LDU, uma pedra no sapato. Foi um feito bacana. Porém, os últimos resultados não foram bons, e o Fluminense caiu de produção. De briga pelo G-4 estamos próximos da zona de rebaixamento. Mesmo que a distância entre um e outro seja pequena. O começo de ano foi bom. Sem praticamente contratação alguma, subindo jogadores da base, trazendo de volta alguns emprestados formados na base, conseguimos ter primeiro semestre muito bom. Mas aconteceram diversas situações que atrapalharam. O ano é atípico, com muitas cirurgias. A doença do Douglas. As lesões de Scarpa e Sornoza. Claro, então, com elenco jovem e curto, perdendo seis jogadores por cirurgia e com doença que nunca tinha se tido no clube e outras musculares, como recentemente Henrique e Renato Chaves, era natural que afetasse – disse, antes de seguir:

 
 
 

– Quando jogamos na Arena da Baixada, por exemplo, em um gramado sintético, naturalmente difícil, o Atlético-PR, um time que historicamente lança muitos jogadores, tinha só o Pablo da base. A gente entrou com a defesa e os volantes todos com idade baixa ou recém-chegados, como Richard e Marlon. É difícil enfrentar o Brasileiro, um campeonato longo e complexo, com o elenco curto como esse.

Marcelo Teixeira também destacou o calendário mais apertado desta temporada.

– Além disso, o ano é o primeiro da mudança do calendário. Copa do Brasil, Sul-Americana, Primeira Liga… Os clubes estão percebendo que não dá para ter o mesmo número de jogadores do passado. É preciso ter um elenco mais robusto, com mais atletas. A maratona de jogos é sufocante no primeiro semestre. No segundo, a maratona continua, e você já chega baleado com diversos problemas, como foi o nosso caso – encerrou.