(Foto: Lucas Merçon - FFC)

Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, reforçou o posicionamento do clube sobre o retorno do público aos estádios em meio à pandemia do novo coronavírus, que segue fazendo vítimas no Rio de Janeiro e em todo o Brasil.

Segundo o mandatário, a volta deve ser feita de maneira gradativa. Ele revelou ter expectativa do retorno do público, mas somente quando for seguro e em condições iguais para todos.

 
 
 

– O posicionamento do Fluminense é o mesmo: a favor da ciência. Quando a ciência e os órgãos competentes definirem que a gente pode ter o retorno gradativo do público – porque acho que será gradativo, como vem sendo na Europa – nós retornaremos com o público. Tem que haver igualdade. Ou seja, se retornar o público, tem que retornar para todo mundo. Esse foi o entendimento no ano passado. Quando algumas cidades falavam de retorno ao público, eu mesmo fui um dos presidentes que me manifestei contra. A maior punição que um clube pode receber na Justiça Desportiva é não ter a sua torcida no estádio: perda de mano e portões fechados. Hoje estamos todos punidos pelos problemas da pandemia. Não é justo, por exemplo, que joguemos com público em um estádio qualquer e não possamos ter nossa torcida aqui e vice-versa. Na época, se falava em voltar público no Rio. Para ver como nosso posicionamento foi forte, honesto e justo, nós nos posicionamos contra a volta do público. Entendíamos que era injusto que jogássemos com público e os clubes coirmãos jogassem sem. O entendimento da maioria hoje é de, quando voltar, tem que ser no Brasil inteiro. Se não, não tem sentido. Seria uma punição ainda mais drástica ao clube que está em uma cidade que não pode voltar ao público. Não sou cientista, não sou médico, vou falar o que dizem: se tiver 70%, 80% da população vacinada, acho que a gente pode retornar. Quem decide são os médicos, os cientistas e os governantes. O futebol é um mercado de natureza privada, se autorregulamenta, tem os conselhos arbitrais. Ano passado o que ficou decidido que ou volta para todo mundo, ou não volta para ninguém. Nosso posicionamento é o mesmo no sentido de criarmos igualdade para os competidores. É assim que o Fluminense pensa – disse ele.