Médico critica a falta de planejamento e de diálogo dentro do Fluminense
Médico critica a falta de planejamento e de diálogo dentro do Fluminense

No início de 2015, cinco dias após a reapresentação dos jogadores, o Fluminense disputará um torneio amistoso em Orlando, na Flórida, que contará com o Corinthians e mais duas equipes alemãs. Até aí, tudo bem. Entretanto, para o ex-médico do Fluminense, Michael Simoni, essa situação vai contra qualquer política médica considerada boa, no que tange uma equipe profissional. Segundo ele, o clube deveria se preparar, pelo menos, uma semana e meia, para poder entrar em campo minimamente em forma, evitando riscos maiores de lesões. Ele ainda alfinetou a falta de comunicação dentre os departamentos do clube.

– A pré-temporada foi definida pelo Marcelo Teixeira (gerente de futebol) e presidente do clube (Peter Siemsen), inclusive sem a ciência do vice de futebol (Mário Bittencourt). O diálogo faltou. Eles podem contra argumentar que é bom para a divulgação do clube. Se der certo, ótimo. Mas eu me atenho ao lado científico e isso está errado. A pré-temporada precisa, em geral, de dez ou 15 dias de treinamento para poder jogar um amistoso. Eles precisam trabalhar isso. A minha crítica é o modelo da pré-temporada, onde o atleta sequer começou a fazer o controle de peso corporal e já vai jogar. Isso não sou eu que estou falando, é a ciência que fala. A argumentação de que o Corinthians vai fazer igual não me convence. O Flu não tem a estrutura, nem o dinheiro do Corinthians. Não tem nem CT ainda. Só pra se ter ideia, existe no time paulista uma pessoa responsável só pra fazer a ultrassonografia. Já o Flu tem margem de erro zero – frisou em entrevista exclusiva ao portal NETFLU.


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