(Foto: Mailson Santana - FFC)

Principal motivo citado pelo presidente Mário Bittencourt para negociar o melhor jogador do Fluminense no início da temporada, Luiz Henrique, para o Real Betis (ESP), a parcela da dívida com o Independiente Del Valle (EQU) foi paga com um pequeno atraso. Curiosamente, o dinheiro não foi oriundo da venda do jogador, que ainda não caiu nenhuma fatia nos cofres das Laranjeiras.

Além disso, o Fluminense destacou, em resposta ao NETFLU, que a origem do dinheiro não foi de empréstimos bancários. Segundo o clube, o pagamento foi feito com receitas correntes e receitas adicionais extraordinárias. Deste mesmo montante, o clube conseguiu pagar a CLT que venceu no quinto dia útil deste mês.

 
 
 

Cabe lembrar que o portal número 1 da torcida tricolor já havia informado que o Fluminense não fez o pagamento de uma parcela de pouco mais de 500 mil dólares (R$ 2,58 milhões) em dezembro do ano passado ao Del Valle. Irritados, os dirigentes do clube equatoriano iriam acionar a Fifa, mas aceitaram um repactuação na condição de que o clube pagasse, até o fim de março, o valor devido em dezembro além de uma antecipação da parcela que de pouco mais de 500 mil dólares que vence só no meio do ano.

Unindo isso aos juros e multa, o clube precisou desembolsar 1,5 milhão de dólares (R$ 7,75 milhões). Quase três parcelas pelo preço de duas. Não pagando, correria o risco de sofrer uma série de punições da maior entidade do futebol mundial, já que o processo foi vencido pelo Dell Vale junto à Fifa.

Além desses valores, o Fluminense ainda tem mais dois pagamentos a fazer, que totalizam cerca de R$ 6,9 milhões, até o final do ano, para encerrar sua dívida com o clube do Equador. Para título de curiosidade, o Tricolor investiu R$ 9 milhões parcelados na aquisição do lateral-esquerdo Cris Silva, que veio do futebol da Moldávia. Neste ano, o Fluminense desembolsou R$ 1 milhão pelo empréstimo de Nathan, além de salários acima de meio milhão para Felipe Melo e Willian. Anteriormente, adquiriu Caio Paulista, também parcelado, por R$ 8 milhões.

Orejuela e Sornoza foram contratados pelo Fluminense no final de 2016 ao Del Valle, no final da gestão Peter Siemsen. O Tricolor demorou quase dois anos para pagar uma parcela definida para 2017. A partir daí, o clube equatoriano acionou à Fifa, denunciando o não cumprimento do Fluminense e o processo se estendeu até a decisão, quatro anos depois.

Na época, a ideia nas Laranjeiras era usar parte do dinheiro da venda de Richarlison para manter o pagamento em dia dos equatorianos. Porém, foi priorizado regularizar os direitos de imagem atrasados com o grupo naquela época e, ainda, contratar Robinho, ao Figueirense, por cerca de R$ 7 milhões.