Oi pessoal!

Noucateados dentro de campo pelo Internacional em pleno Maracanã… Meu Deus! Em choque, fora dele, confesso que somente a classificação, com atuação digna pela Sul-Americana, desinchará um pouco o edema.

 
 
 

Cura total, somente derrotando América-MG e Cruzeiro, fora, para compensar os vexames contra Bahia e Internacional, além do Corinthians, quarta, fazendo o dever de casa.

Marcelo Oliveira acenou com “mudanças de peças”, minimizou a falta no elenco de mais um meia para ajudar o Sornoza, elogiou o único 10 reserva, Daniel, mas parecia tão nocauteado como o torcedor.

Pedi tanto uma escalação equilibrada e quando vejo o Fluminense com um técnico que toma essa atitude, os jogadores parecem presos na teia de aranha da filosofia retranqueira.

Individualmente, erros ridículos expuseram Jádson (antes, escrevi Airton e peço desculpas pelo equívoco), Gilberto, Digão e Julio César. Coletivamente, vale lembrar que só Pedro e Sornoza (quando não é volante e a bola entra) têm o recurso da finalização. É impossível contratar 300 atacantes e nenhum conseguir finalizar com consciência.

Marcos Júnior não dá mais! Ele perde “50” chances claras de gol para fazer um. Já contaram? Contem.

Junior Dutra, que não aguenta marcar lateral adversário e fazer o atacante de chegada, está pagando o pato do “legado da Copa do Mundo”, disse Oliveira, que explicou como todo time marca do meio para trás.

Copa do Mundo, “professor”, é torneio de mata-mata e tiro curto. Não é um campeonato de pontos corridos em que o time, por mais razoável individualmente que seja, tem que saber agredir mais que defender, afinal, empatar, em casa, é praticamente uma derrota.

Como disse semana passada, estamos mais sem poder de marcação de gols do que falhando defensivamente. As falhas defensivas, exceto no ridículo e grosseiro jogo de segunda, têm sido até abaixo da média do que já vimos esse ano e na média dos demais times, que têm lá seus “GUMS” também.

Gum e Airton não dão cancha e experiência: eles dão espaços porque são lentos demais. Ou joga um ou joga outro ou segura o lateral para eles não ficarem no mano-a-mano.

Prendendo o lateral, recua o atacante de lado só até a linha intermediária para ele ter fôlego e pegar o adversário no contra golpe.

É impossível assistir aos outros jogos do Brasileirão e não ver que o Fluminense não fica a dever a pelo menos 14 dos 19 elencos.

Por isso, sim, hora de mudar “peças”. Gum, Jádson e Marcos Jr. não podem ser titulares mais. O zagueiro e o atacante, aliás, só o são pelo tempo de clube. Não é assim que se melhora um time: com panelas.

Nocauteados, como virar a chave e respirar novos ares para uma atuação e melhora no Uruguai?

Hora de barrar. Tempo de “mudar peças”. Se os atacantes de lado de campo voltam para marcar na lateral defensiva, Pedro não pode ficar sozinho como única opção, quando ganhamos a posse de bola.

Nesse mesmo momento, Sornoza não pode estar marcando o volante adversário se é ele o melhor no passe de ligação.

E sendo mais fácil fazer um jogador ofensivo recuar e cercar do que um marcador apoiar com eficiência, a opção para a saída de Jádson só pode ser o Everaldo. Atenção: nenhum time do topo da tabela joga só com um meia-ofensivo.

Podemos não ter qualidade individual no elenco para almejar o título, mas estamos no mesmo nível do que a maioria, embolada entre o 7° Corínthians e o 17° Santos.

Perdemos para Paraná, Ceará, Santos (todos no Z4) com três zagueiros e na retranca. Times que fazem péssimas campanhas.

A questão me parece mesmo de poder de definição no ataque. E isso com Marcos Jr, os laterais que atacam (mas marcam mal) e o segundo volante, Jádson, errando quase tudo, não vai melhorar.

Tempo de barrar! Hora de mudar peças para renovar e se erguer da cacetada que tomamos do time comum do Internacional em pleno (NOSSO!) Maracanã. Sem hesitações. Não se reage à sapatada que levamos na derrota de segunda-feira com medo.

Esporte é queda e soerguimento. Futebol muda a cada semana de “melhor time”, “melhor jogador”, “melhor placar”. Exemplo maior do que o Internacional, impossível. Fora o Atlético-MG que é criticado por sua irregularidade.

Futebol é mais aspirar que transpirar. E o Fluminense é uma fênix. Então, sacudam a poeira e dêem a volta por cima, rapazes!
Toques rápidos:

– O Clubes de Regatas da Gávea fez um pacotão sensacional para seu torcedor ir ao Maraca em partidas do Brasileirão. Venderam cinco jogos por R$12,00 com o pacote custando R$ 60,00.

– Especialistas em perder o timing e em não apostar na nossa torcida, o marketing dessa gestão poderia, ao menos, nos surpreender mesmo com um “copiar, colar.”

Fraternalmente,

ST.

 

Imagem: DiárioLance – LancePress