O Ministério Público do Trabalho vai pedir a CBF o fim dos jogos às 11h por conta da preocupação com a integridade física dos atletas. Representante do órgão, o procurador regional José Diniz incluirá o requerimento na proposta que será feita à entidade dentro do acordo solicitado pela juíza 1ª Vara do Trabalho de Natal, onde uma liminar já impede que os times locais atuem nesse horário.

– Esse problema também ocorre nas regiões Norte, Centro-Oeste e no interior paulista – comentou Diniz, defendendo o veto de partidas neste horário em todo o país.

 
 
 

Na proposta à CBF, o MPT também incluirá uma alternativa mais amena à CBF em relação aos jogos das 11h, que é o monitoramento de todas as partidas com WBGT, aparelho que mede as condições climáticas considerando quatro variáveis: temperatura, radiação, vento e umidade.

A entidade possui atualmente 12 aparelhos de WBGT e necessitaria de um número bem maior para utilizá-lo em todos os jogos oficiais, conforme avalia ser o ideal o órgão público.

– Além desse monitoramento em todos os jogos, o que é muito difícil de ocorrer hoje, a CBF teria que reduzir o limite de 28 para 25 graus nas partidas”, citou o procurador.

Questionado sobre o impacto de um possível veto aos jogos das 11 horas, o diretor de competições da CBF, Manoel Flores, preferiu não comentar pois o caso ainda está na Justiça.

O Fluminense jogará às 11h neste domingo, contra a Ponte Preta, em Edson Passos. Neste horário também vai enfrentar o América-MG, possivelmente em Cariacica.