Peter Siemsen diz que olhou para o futuro no Fluminense (Foto: Paulo Brito - NETFLU)

Nesta terça-feira, em cerimônia no Salão Nobre das Laranjeiras, Peter Siemsen passa o bastão para o novo presidente, Pedro Abad. O atual mandatário, ao olhar para trás, acredita ter no ponto alto de sua gestão o trabalho inovador com as categorias de base. Neste quesito, afirma não ter errado em nada.

– Trabalhamos sempre plantando a semente. Desde o primeiro dia, sempre quisemos plantar a semente do futuro. E plantar a semente do futuro no futebol brasileiro, para nós, era o investimento em Xerém. Na infraestrutura, na parte humana. Isso se expandiu para um projeto internacional, para um clube fora do Brasil, mas a sementinha sabíamos que estava ali. Acreditar que o Brasil só ia crescer, que o futebol brasileiro só iria subir financeiramente, isso excluindo a seleção brasileira, acreditar que isso fosse mudar, francamente, não acreditamos. Sabemos que o Brasil vai e vem na economia, avançar no futebol pede mudança na estrutura. Então nós falamos: “O que o Fluminense pode agregar em termos de futebol saturado?” Crescimento de torcida é algo muito orgânico. Nunca se pode pensar em crescimento de torcida do dia para a noite. Foi pensar e olhar no futuro. E isso nós pensamos. Vamos fazer de Xerém o melhor centro de treinamento da base no país. Isso inclui o futsal. Fomos inovadores. E não só na questão internacional. Talvez muita gente hoje não entenda, mas tem um efeito 360 graus, que o Pedro (Abad) já conhece, o Marcelo (Teixeira) conhece. Pegar o Guerreirinhos, que era uma franquia terceirizada, tivemos a ideia de que era um braço que não tinha muito valor. Pegamos ele e transformamos num parceiro. Isso é uma das inovações que fizemos na área de futebol de base. Se tem uma coisa que acho que não erramos em hora nenhuma, foi o trabalho de futebol de base do Fluminense. Não adianta querer ser campeão brasileiro sub-20 todo ano. Todo ano sobe jogador, sai jogador emprestado. Se todos fossem reunidos hoje no time, seríamos favoritos em todo torneio sub-20. Ser campeão na base, às vezes, é legal, mas o mais importante é esse crescimento que o Fluminense vem tendo – comentou.