Depois de mais de um mês, o Fluminense voltou a atuar onde se sente mais à vontade, na sua casa: o estádio do Maracanã. Ao lado de sua torcida, o Tricolor foi mais guerreiro do que nunca e superou os desfalques para bater o Palmeiras por 1 a 0. Gilberto, em seu retorno após lesão no tornozelo, fez o único gol do jogo. A partida marcou ainda o reencontro de Gustavo Scarpa com o Fluminense, que enfrentou seu ex-time pela primeira vez após o imbróglio judicial que o liberou para deixar o clube e acertar com o Palmeiras.

Muito embora o Tricolor fosse o mandante, foram os visitantes quem tomaram a iniciativa na partida. Mais bem postado em campo, o time paulista tentou encurralar o Fluminense no seu campo de defesa e logo aos 4 minutos obrigou Júlio César a operar o primeiro milagre. Gum vacilou feio e Willian deixou Dudu na cara do gol para tocar por baixo do goleiro, que evitou o pior.

 
 
 

O Palmeiras dominava as ações e tinha o controle do jogo. Tanto que, aos 20, chegou novamente com perigo. Em cabeçada de Moisés, Júlio César salvou a pátria mais uma vez. Sem criatividade, o Fluminense tinha dificuldades em ficar com a bola no pé e, quando a tinha, pouco assustava. Com pouco espaço, Pedro teve somente uma bola limpa para finalizar na entrada da área, mas acabou exagerando na força e isolando.

Até mesmo o torcedor mais leigo conseguia enxergar: o mapa da mina alviverde era o lado esquerdo da defesa tricolor. Mal no jogo, Ayrton Lucas errava muitos passes e dava espaço as suas costas para o avanço no corredor. Da beira do campo, Marcelo Oliveira tentava orientar a equipe a encaixar a marcação, que tinha dificuldade em parar a rápida movimentação do ataque paulista.

Quando parecia que o jogo iria para o intervalo empatado, o torcedor tricolor soltou um grito de gol inesperado. Em cobrança de falta, Marcos Júnior levantou na área, Edu Dracena afastou mal e Gilberto pegou de bate-pronto, de canhota, para mandar para o fundo das redes e abrir o marcador, 1 a 0. O lance fez a torcida até esquecer as vaias para Scarpa, que foi perseguido durante toda a primeira etapa, ao tocar na bola para dar a saída de jogo.

Gilberto comemora o gol da vitória tricolor (Foto: Mailson Santana)

Na volta para o segundo tempo, o gol parece ter feito bem a equipe do Fluminense, que passou a trabalhar a bola com mais tranquilidade e encontrar mais espaços na defesa de um Palmeiras que se lançava inteiramente ao ataque para buscar o empate. Com o contra-ataque à disposição, o Fluminense se defendia e procurava levar perigo na bola retomada, jogando no erro da equipe alviverde.

Por mais de uma vez, o Tricolor teve o espaço que precisava para fazer o segundo e matar o jogo, mas pecou nos erros bobos de passe e nas escolhas das jogadas, sempre erradas. Os minutos finais, porém, foram de pressão do time paulista. O Fluminense se segurava e se doava 110% na marcação, fechando os espaços. O apito final tirou um peso do tamanho dessa vitória sobre um dos postulantes ao título dos ombros da torcida tricolor: gigante!

O Fluminense entrou em campo com Júlio César; Gilberto, Gum, Digão e Ayrton Lucas; Airton (Ibañez 28’/2ºT), Jádson, Mateus Norton e Júnior Dutra (Matheus Alessandro 36’/2ºT); Marcos Júnior (Everaldo 20’/2ºT) e Pedro.