Foto: Divulgação / FC Universitatea Craiova

Revelado nas divisões de base do Fluminense, Matheus Mascarenhas foi mais umas das promessas de Xerém que subiu com enorme expectativa e não vingou. O lateral-esquerdo, recentemente contratado pelo Craiova, da Romênia, entende que não houve justiça no seu aproveitamento. Mas garante que não há mágoas e torce pelo sucesso de um de seus ídolos no futebol, Marcelo, no clube que projetou ambos:

– O Marcelo sempre foi um ídolo para mim. É o maior da posição para mim, junto com o Roberto Carlos. Nos meus maiores sonhos eu queria poder trabalhar com ele, no mesmo clube, poder aprender apenas 10% do que ele sabe, porque ele é fenomenal. Eu tenho certeza que o grupo inteiro está muito feliz com a chegada dele, com o que pode aprender vivenciando o mesmo ambiente com um cara super vitorioso no futebol, um cara que tem experiências enormes no futebol. Então, eu acredito que o Marcelo vai agregar bastante não só na qualidade, mas na liderança, com o seu espírito de vencedor, pois se trata de um atleta que ganhou tudo que a gente pode imaginar – destacou ao NETFLU Mascarenhas, falando ainda sobre a falta de chances no Tricolor:

 
 
 

– Eu acho que sim (que houve injustiça). Mas eu prefiro não entrar em detalhes, só resumir que, quando eu voltei da cirurgia, estava 100% recuperado e não confiaram em mim. Sinto falta de muitos funcionários do clube, do ambiente em si. Ali foi a minha casa, eu estive no clube por 14 anos. Jogar no Maracanã, de estar sempre com as pessoas que me acompanharam desde novo, que conheciam a minha índole e sabe do ser humano que eu sou, e por isso, me tratavam muito bem. E claro, não posso deixar de falar da torcida do Fluminense, que é uma das minhas principais saudades.

Hoje aos 24 anos, Mascarenhas ainda se adapta ao futebol romeno. Admitiu certo temor por ter ido sem companhia para o Leste Europeu. A alimentação é um tabu, assim como as condições climáticas, opostas daquelas que convivia no Brasil.

– Eu vim sozinho para a Romênia, então, o medo é ainda maior. Porém, meu foco e obsessão pelos meus objetivos são ainda maiores. Fui muito bem recebido quando eu cheguei, então isso foi nos dando confiança e tranquilidade para trabalhar e se adaptar. As maiores dificuldades foram a alimentação e o frio, porque, de fato, é bem diferente do Brasil. Mas a gente precisa comer, né? Não tem jeito. Em relação ao frio, às vezes bate -10°, -12°, então imagina para mim, que sou do Rio de Janeiro e com 20° a gente já põe o casaco? (risos). Mas, no geral, as dificuldades vão se tornando pequenas quando nós somos bem recebidos, e isso tem me ajudado bastante aqui.