Foto: O Globo

Garantidos no que realmente interessa, as semifinais do Estadual, Botafogo e Fluminense faze um clássico esvaziado neste domingo. Mas para muitos torcedores, não existe jogo desinteressante. Dois deles, de gerações diferentes, estarão no Engenhão para prestigiar o clube do coração: o advogado botafoguense Marcelo Dadovicth, de 55 anos, e a estudante de pedagogia tricolor Yandra Guimarães, de 21.

Só este ano, Yandra calcula ter ido a 15 partidas do Flu. Dadovicth foi a 12 do Botafogo.

 
 
 

– Pago psicólogo para minha mulher e filha. Só não pago para mim. Minha terapia é ir ao estádio – conta o advogado.

Mas ser fanático tem preço. Por conta da Libertadores, Marcelo acredita que vai gastar R$ 4 mil mensais para acompanhar o Alvinegro este ano — ele leva a família. Yandra gasta menos, porque encara caravanas e sua mãe trabalha numa companhia de aviação: são R$ 600 por mês.

Os parentes do advogado não marcam eventos sem consultar a tabela do Botafogo. Assim como a família de Yandra, que já festejou o aniversário dos irmãos (uma flamenguista) na arquibancada. O namorado também é tricolor e a acompanha em todos os jogos.

– Com 11 anos, já fugia de casa para ir ao estádio. Fui descoberta e fiquei de castigo. Mas eu era tão insuportável nos dias de jogo que meu pai me liberou. Não teve jeito – recorda-se a tricolor.