Foto: Paulo Brito

Uma pauta debatida há muito tempo no Fluminense vai ganhar, finamente, um capítulo importante no clube. Na última terça-feira, o vice-presidente de interesses legais do Tricolor, Bruno Curi, entregou o anteprojeto de reforma estatutária à mesa do Conselho Deliberativo. No documento, redigido por ele e outras pessoas ligadas à política tricolor, o dirigente promove alguma adequações importantes e, de certa maneira, polêmicas, como o fim da reeleição e a obrigatoriedade de uma gestão profissional com a criação de um Conselho Executivo.

Segundo informações do portal Globoesporte.com, não há prazo para a aprovação do texto, que reformará o estatuto – atualizado pela última vez em 27 de agosto de 2016. O processo para o andamento da papelada passa pelo Conselho, que distribuirá cópias das propostas aos membros, enquanto que o presidente José Guisard marcará sessões para o debate. Tudo deve levar em torno de um ano e precisa da aprovação em Assembleia Geral.

 
 
 

– Temos mudanças sensíveis que compõe uma proposta de alteração de estrutura competente do clube. A ideia é fazer com que o Fluminense comece a ter uma visão empresarial. Que ela não dependa de um presidente empreendedor e que um próximo, sem essa visão, ponha tudo a perder – resume Bruno Curi, vice-presidente de Interesses Legais, integrante do grupo de trabalho que propôs as alterações.

Quadro: Globoesporte.com

Com Bruno, o grupo tinha outros cinco integrantes, três deles independentes. Foram dois anos de análise até a elaboração das propostas (veja nas tabelas). Além do término da reeleição do presidente, que passa a ter um mandato de quatro anos, a mais revolucionária é a criação do Conselho Executivo. Abaixo do Conselho Diretor, será formado por gestores de todas as áreas do clube e terá de perseguir metas. E elas, controladas por relatórios mensais e trimestrais, nortearão a elaboração do orçamento. Outras novidades serão as vice-presidências de Patrimônio e de Controladoria-Geral.

O Conselho Fiscal será um órgão bastante modificado, pela proposta. Com cinco membros, dois deles de chapas oposicionistas, passará a ter uma formação plural e com mais poder. Atualmente, apenas revisa contratos e dá parecer. No futuro, poderá sustar despesas e contratos irregulares, inclusive de jogadores. Ele terá a autonomia de oficiar o Conselho Diretor da anormalidade e também poderá ser provocado, por conselheiro ou associado, a averiguar uma suspeita.

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