Certa vez, desapontado com o desempenho tricolor em um campeonato, o sempre genial Nelson Rodrigues escreveu que aquele time em campo não era o Fluminense, mas sim o anti-Fluminense. Pois é: nas duas últimas partidas do Campeonato Brasileiro (derrotas de 2 a 1 para o Sport Recife e de 4 a 2 Santos), foi o anti-Fluminense que representou as nossas cores – um time sem vontade, sem organização, sem brio, que não lembra nem remotamente o bom e velho Fluminense.
Não, eu não me conformo em ver o Fluminense habitando essa longínqua região da tabela de classificação, entre o 10º e o 16º lugares. O clube de Oscar Cox, o clube pioneiro, o clube fundador da Seleção Brasileira, o clube da Taça Olímpica não pode se contentar com tanta mediocridade. O Fluminense nasceu para disputar na ponta, no topo, nas cabeças, não para fazer figuração.