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Fim de semana de decisões nas urnas e em campo.

 
 
 

Nas Laranjeiras, com 2.126 votos, Pedro Abad desbancou Mário Bittencourt (1.442) e Celso Barros (651) e será o mandatário tricolor no triênio 2017-2018-2019.

O presidente eleito planeja modernizar o futebol tricolor com menos paixão e amadorismo.

Para isso, promete implementar um modelo de gestão profissional no departamento.

Deseja também aproximar o torcedor do clube, com a reativação de projetos de embaixada.

Do outro lado da ponte aérea, a vitória foi de Maurício Galiotte, que já assume o Palmeiras campeão brasileiro.

O empresário também quer aproximar o torcedor alviverde do clube.

Mas, em vez de fórmulas mirabolantes, títulos, conquistas. Melhor receita não há.

Na gestão de Paulo Nobre, foram dois títulos nacionais em dois anos – incluindo a Copa do Brasil do ano passado, eliminando o próprio Flu na fase semifinal.

No Fluminense de Peter Siemsen (2011-2016), à exceção do vitorioso ano de 2012, o Tricolor passou em brancas nuvens nos outros cinco – pior: nem em decisões chegou.

Na bagagem, as campanhas vexaminosas nos Brasileiros de 2013, 2015 e, agora, neste melancólico 2016 (nem Primeira Liga mascara), em que o time alimenta um indigesto jejum de nove jogos e segue ladeira abaixo (já é o 12º), pondo em risco até a classificação à Copa Sul-Americana.

O mico mais recente, contra o já rebaixado Figueirense, que, como o Flu, não ganhava havia uma vida.

Para a partida em Florianópolis, Marcão lançou mão de garotos, como Igor Julião e o bom Nogueira, a honrosa exceção na patética apresentação tricolor, ao lado do atacante Wellington.

Henrique Durado ganhou nova oportunidade e fez o que sabe – brigou com a bola.

Outros como Cícero e Pierre conseguiram a almejada suspensão e, como premiação pela bela trajetória, já podem curtir férias, já que não estarão em campo na última rodada.

É formidável, brilhante mesmo, o trabalho desenvolvido no futebol do Fluminense.

Levir Culpi, o menor dos problemas, agora se sabe: operou um milagre, ao fazer deste time postulante a uma vaga na Libertadores até a reta de chegada.

Além disso, com o pífio desempenho da equipe nas últimas nove rodadas – três pontos em 27 –, vê-se também que o trabalho da antiga comissão técnica, na verdade, foi determinante para o clube se livrar de uma gelada.

Em que está metida, por exemplo, o Colorado, adversário do Flu na última rodada.

Apesar de sua situação crítica, ante um Flu em frangalhos, são boas as chances de triunfo do Colorado na partida derradeira.

Caberá ao Vitória, então, chegar também aos 45, para se garantir na elite.

A “festa” da democracia de sábado se contrapõe à calamidade do time profissional.

Marcão revelou o incômodo dos jogadores com a presente situação no vestiário da derrota.

Embora, incômodo mesmo, seja ouvi-lo chamando tais artistas de guerreiros.

Podíamos, ao menos, ter sido poupados de mais essa, não, Marcão?

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Aos leitores.

Excepcionalmente, repeti a minha coluna desta segunda-feira nas duas tribunas em que escrevo: NETFLU e Terno e Gravatinha.

Desta vez, não havia mesmo como fugir da dicotomia eleição-crise no futebol.

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