A boa notícia é que mesmo depois das duas derrotas iniciais no segundo turno e ter ficadosomente a quatro pontos de distância do Internacional, na última rodada com a vitória sobre o time gaúcho o Flu colou novamente nos líderes do Brasileirão.
De acordo com a análise do técnico Odair Hellmann, o desafio do Fluminense será manter uma boa regularidade, semelhante com a que foi obtida no primeiro turno. As derrotas para Grêmio e Palmeiras, embora prejudiciais em termos de classificação, são entendidas internamente como tropeços previsíveis, dada a alta competitividade dos dois times e da dificuldade do calendário especialmente apertado em 2020.
Próximos confrontos devem dar o tom do restante da campanha
O início do segundo turno foi semelhante ao do primeiro turno. O Fluminense perdeu para o Grêmio em Porto Alegre, empatou em casa com o Palmeiras e venceu o Internacional por 2×1.
Ainda na comparação com a mesma sequência no primeiro turno, este um ponto conquistado contra o Palmeiras e não repetido no jogo em São Paulo pode ser mais que recuperado se o Fluminense tiver melhor sorte contra o Bragantino, na próxima. No primeiro turno o tricolor perdeu por 1 a 0, em um momento que o Bragantino ainda era visto como um time que poderia brigar na parte de cima da tabela. Um turno depois, o time do interior paulista não consegue deixar a zona de rebaixamento e deve permanecer nessa briga até o final.
Com a possível vitória sobre o Bragantino, o Flu chegaria a 38 pontos em 23 jogos, uma pontuação bastante competitiva e num momento crucial do campeonato, em que os demais times da ponta da tabela chegaram ao ponto crítico nas Copas e terão que dividir suas atenções entre Copa do Brasil, Libertadores e Brasileirão, podendo assim tropeçar no nacional.
Elenco curto e calendário apertado: os desafios para o Flu para o segundo turno
A indesejada eliminação do Flu na Copa do Brasil, para o Atlético Goianiense, deixou o clube das Laranjeiras próximo de uma crise. Porém, esse respiro de datas pode acabar sendo benéfico para o Fluminense no Brasileirão. Com um elenco sem tantas opções e com um de seus principais talentos, o meia Nenê, já em idade avançada, seria difícil manter o ritmo durante o restante do campeonato no ano da pandemia, em que os times chegam a jogar 3 vezes na mesma semana.
O trabalho de Odair Hellmann, apesar de algumas críticas, pode ser considerado consistente, mas agora, mais do que nunca, precisará contar com o apoio da equipe médica e de preparação física, para uma gestão consciente do elenco. Isso sem perder qualidade. O outro time da parte de cima da tabela em situação semelhante é o Atlético Mineiro, que disputa somente o Brasileirão neste momento. Com um elenco mais caro e farto, o Galo tem oscilado mais do que deveria e o time tem sofrido na segunda etapa das partidas. Fica a lição para o Hellmann e sua comissão.