A ânsia de querer ajudar o Fluminense acabou atrapalhando. Esta avaliação é de Robert, sobre o confronto com o Joinville, no último sábado, no Maracanã. Vaiado, o apoiador não se sentiu pressionado por mudar a cara do jogo, mas admite que o nervosismo acabou prejudicando.
– Não me atrapalhou. Eu quis ajudar mais o time, sabe. Eu acho que fiquei meio afoito, mas vamos melhorar nisso e vai dar tudo certo – declarou.
Contratado nesta temporada, Marlone, assim como Guilherme Santos, que foi para o Avaí, poderá deixar o Fluminense. Empresário do jogador, Fernando Garcia, ao comentar sobre o interesse de alguns clubes em atletas do Corinthians, revelou que seu cliente tem chances de se transferir para um clube de fora do Brasil.
– Tenho o Giovanni e o Marlone no Fluminense. Acabei de levar uma proposta do exterior para o Marlone, eles estão estudando, e ninguém falou nada. No Corinthians, tudo sai na imprensa. Qualquer discussão, dizem que foi briga. Discutir é normal. Sou um grande amigo do Andrés, mas a gente discute. Ele defende o clube e eu defendo meus clientes – disse Garcia, em entrevista ao blog do jornalista Ricardo Perrone.
Com a camisa tricolor, Marlone atuou em 15 partidas, sendo seis como titular, e não fez gol.
Antes de Gerson e Kenedy, só se falava em Robert no Fluminense. Mas um acidente na Região dos Lagos e uma hepatite medicamentosa atrapalharam os planos do garoto, que espera voltar a ser apontado como uma das grandes promessas do clube.
– É recuperar o tempo perdido. Tenho de trabalhar muito forte, porque quero chegar num nível muito bom. Sei que tenho condições, ainda mais por eu ser novo. Tenho que ter uma concentração imensa e saber aproveitar as oportunidades – falou Robert, admitindo a diferença entre a base e o profissional:
– Estou trabalhando, mas tem uma diferença entre jogar profissionalmente e no time de base. Os caras são mais fortes, tem de ter uma leitura de jogo melhor, mas com a sequência que o Drubscky está me dando, aos poucos, estou sabendo ganhar meu espaço e fazer o que tem de ser feito para jogar bem na equipe principal.
Surgiu nos bastidores do Fluminense nos últimos dias a informação de que o meia Maicosuel, do Atlético-MG, interessaria ao clube carioca. Falou-se, inclusive, na possibilidade de o atleta do Galo ser envolvido numa troca com Wagner, que interessa aos alvinegros desde o início do ano. Entretanto, informa Gérson Júnior, repórter da Rádio Brasil, que o nome do armador foi descartado pelos dirigentes tricolores.
Ao que tudo indica, os jogadores do Fluminense gostariam de receber o Corinthians, dia 24 de maio, no Maracanã. Depois de Vinícius, o meia Robert foi mais um a comentar sobre o assunto. A possibilidade de o confronto ser transferido para o Estádio Mané Garrincha, em Brasília, não incomoda, mas a preferência é pelo “Maior do Mundo”.
– Jogar no Maracanã é melhor. O time joga com o apoio da torcida, ela nos empurra. Mas vamos ver como será definido isso aí. A gente joga em qualquer lugar – disse o garoto.
Vinícius chegou ao Fluminense junto com uma leva de jogadores. Em situação financeira distinta a de outros anos, a diretoria resolveu fazer apostas e o meia é uma delas. Apesar de ainda lutar por uma vaga no time titular, é apontado como o melhor reforço até aqui por muitos torcedores. Em entrevista exclusiva ao NETFLU, faz projeção sobre sua titularidade, posicionamento, faz coro para que jogo contra o Corinthians seja realizado no Maracanã e pede paciência ao torcedor com o menino Robert.
Dificuldades contra o Joinville
– A gente não pode tirar os méritos da equipe adversária. Foi campeã da Série B e catarinense. Sabíamos das dificuldades. Mas seria até melhor jogar contra 11 jogadores, pois acho que eles não ficariam tão atrás. A maneira que eu encontrei para furar o bloqueio foi chutando fora da área para surpreender o goleiro.
Briga por posição
– Eu confio muito no meu potencial, mas claro respeitando os outros companheiros. Quando cheguei aqui tinha o Conca ainda, tem o Wagner. Sempre respeitando e aprendendo com eles, mas buscando o meu espaço para ajudar ao Fluminense.
Estilo de jogo
– É difícil falar sobre. Mas eu procuro dar dinâmica, profundidade, sempre procurando o gol e também sei a hora certa de cadenciar o jogo. Esse é o meu estilo.
Toparia jogar no ataque?
– O professor Ricardo deixou bem claro que quer que o jogador dele atue em mais de uma posição. Já tive a oportunidade no ano passado de jogar assim no Náutico e cada dia venho aprimorando para quando surgir a oportunidade estar preparado.
Partida contra o Corinthians em Brasília
– Por ser o nosso mando de campo, o certo seria jogar no Maracanã. Fica a critério da diretoria, mas é bom estar com a massa, com a torcida. Seria muito mais importante.
Flu é candidato ao título?
– É cedo para falar. Estou chegando para somar e acho que o Fluminense, por ser grande, vai sempre procurar brigar lá em cima. Em relação ao título, temos que pensar mais na frente e, quem sabe, surpreender.
Robert
– É um jogador que precisam ter paciência. É uma das joias do clube. E não podemos tirar o mérito dele na hora do gol. Ele foi o cara que puxou a marcação para eu ficar ali sozinho. Independentemente da vaia, não se escondeu. A torcida tem de apoiá-lo.
Na visão de Diego Cavalieri, o Fluminense tem um elenco satisfatória para a disputa do Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil. Mas o goleiro não acharia uma má ideia que novos reforços fossem contratados para encorpar o grupo.
– Ano passado já ficou para trás. Era outro elenco, outro grupo. Passamos por momento complicado, de transição do fim do ano para o começo desse. Absorvemos. Sabemos que será um ano complicado, difícil, mas estamos preparados. A torcida pode esperar entrega e dedicação para, com regularidade, fazer um bom ano. Comparar o elenco de hoje com passados é complicado. Questão de peças é sempre bom reforçar, mas temos um elenco bom. Chegaram bons jogadores no início do ano, estão ajudando, entendendo o que é jogar num clube grande. Como foi com o Vinícius, entrou bem e ajudou. Giovanni vem tendo uma regularidade fantástica. É importante ter isso – comentou.
Robert não se intimidou com as vaias da torcida do Fluminense; Nesta quarta-feira, durante entrevista coletiva, tratou a atitude dos tricolores com naturalidade e promete um jogador diferente nas próximas partidas.
– Eu acho que eles cobram de quem pode dar. A torcida fez a parte dela, pelo momento do jogo. A gente estava com um a mais, o time pressionando. Fui vaiado porque estava tentando demais, chamando a responsabilidade, e algumas jogadas deram errado. O jogador está sujeito a isso. Agora é trabalhar para fazer meu melhor no próximo jogo – declarou o apoiador, que agradeceu ao técnico Ricardo Drubscky pela defesa:
– Tenho que agradecer por ele (Drubscky) ter me dado a oportunidade, confiado em mim e pelo time, no momento do jogo, em me acolher. Tenho que absorver isso e trabalhar forte para que nos próximos jogos possa dar o meu melhor e ser reconhecido. Num dia a torcida te vaia e no outro, te aplaude. Isso só me dá mais vontade de querer ir para cima do adversário. Meu estilo de jogo é esse, mas tenho de saber o momento certo de ir para cima e tocar, coisa que na base não era assim.
A trinca de volantes está consolidada no Fluminense. O outro integrante do quarteto do meio-campo, pelo menos na última partida, foi Gerson. Na briga por vaga entre os titulares, Vinícius explica de que maneira a equipe ganha com sua entrada.
– É difícil falar sobre. Mas eu procuro dar dinâmica, profundidade, sempre procurando o gol e também sei a hora certa de cadenciar o jogo. Esse é o meu estilo – disse, em entrevista ao NETFLU.
Saem Marlon e Kenedy. Entram Antônio Carlos e, possivelmente, Magno Alves. De um lado, a juventude, do outro a experiência. A possibilidade de o Fluminense estar mais “cascudo” nas próximas rodadas é um ponto positivo para Robert, escalado para ser interpelado pelos jornalistas nesta quarta-feira.
– A importância deles é imensa. Temos um time baseado em jovens. Se tirar metade do time é jovem. Sendo assim, a gente precisa de uns caras experientes para nos aconselhar a fazer o melhor. Recebemos bons conselhos e que são produtivos para que a gente possa fazer o melhor dentro de campo – disse.