Conca está na iminência de deixar o Fluminense mais uma vez e foi assunto na entrevista coletiva de Guilherme Mattis, nesta quarta, nas Laranjeiras. O zagueiro lamenta a possível transferência do ídolo do clube, mas vê vida sem o argentino.

– Não cheguei a falar com ele. O Conca sabe o que é melhor para ele e para a família. Se for embora, será uma grande ausência. Temos jogadores que podem suprir. O time está preparado. Joguei contra alguns dos jogadores que chegaram. O torcedor tem que ter paciência. Foram jogadores que têm potencial. Quando a gente chega no Fluminense, não são todos consagrados. A torcida está acostumada com craques desde o início de temporada. Mas com trabalho vamos suprir essa ausência – declarou.

Amigo pessoal de Celso Barros, Sandro Lima confirmou a reunião entre o presidente da ex-patrocinadora do Fluminense e os jogadores pagos pela empresa. Vice de futebol do clube até 2013, ele diz que os atletas  têm grande confiança no mandatário da Unimed.

– O que posso te dizer é que a referência no futebol do Fluminense nos últimos anos foi o Celso Barros. Os jogadores têm e sempre tiveram uma confiança muito grande nele. Falei com ele ontem (terça) e me contou que teve reunião com jogadores que possuem imagem com a Unimed, até para explicar o momento da Unimed. Não sei se foram todos. A relação sempre foi muito forte. Talvez isso incomode algumas pessoas. Ele (Celso Barros) fez isso porque deram muito espaço. Teve que assumir alguma coisas muitas vezes. A premiação, a Unimed sempre pagou em dia, o Fluminense sempre atrasou. Então, o respeito e admiração pelo Celso foi e é muito grande.

Guilherme Mattis colocou uma meta na carreira: quer renovar seu contrato com o Fluminense. Por isso, independentemente de ter despertado o interesse de algum clube, o que até então não aconteceu, deseja permanecer nas Laranjeiras.

– Não (recebeu sondagem). Quando cheguei, disse que queria ficar em definitivo. Pedi ao meu empresário que nem me falasse algo. Cheguei a um gigante e é aqui que quero ficar – disse o defensor, cujo contrato termina em maio.

Vice-presidente de futebol do Fluminense no ano do tetracampeonato, em 2012, Sandro Lima pede parcimônia aos torcedores e aos dirigentes. Ele se preocupa com um processo de demonização de Darío Conca e acredita que o argentino tem o direito de escolher onde quer atuar.

– Vi alguns movimentos nas redes sociais chamando  o Conca de mercenário. Quando se fala do Conca, tem de lembrar  2010. O Fluminense tinha grandes jogadores, como Deco, Emerson, Fred e eles passaram muito tempo do DM. Conca jogou aquele campeonato inteiro, os 38 jogos e tinha umas fascite plantar (inflamação no tecido do calcanhar), que é algo que dói muito e mesmo assim jogou todas. Em algum momento, o time era Diogo, Diguinho, Valencia, Rodriguinho e estava lá o Conca. Chamá-lo de mercenário, jogar uma responsabilidade para ele é triste. Não é legal. É um ídolo sim e ele tem o direito de escolher onde vai jogar. Se ele não está feliz no Fluminense, não sei se é isso, tem o direito de querer sair. Espero que o Fluminense tenha cuidado para não transformar o Conca num vilão – torce Sandrão.

Enquanto o volante Edson se preocupa com seu futuro, Guilherme Mattis só pensa em fazer um ótimo Campeonato Estadual. O objetivo do zagueiro é renovar seu contrato com o Fluminense, que se encerra em maio.

– A partir do momento que fora do campo está meio conversado, tenho que pensar dentro do campo. Não tenho problema com isso, sei do meu potencial, esse campeonato vai servir para eu consolidar a minha vinda. Vou dar a certeza que podem renovar comigo – disse.

O contrato de Edson com o Fluminense termina em maio deste ano. O jogador mostra alguma impaciência quanto a seu futuro e gostaria que a diretoria o desse um parecer sobre a compra de seus direitos econômicos.

– Vou ser sincero. Se tem uma boa proposta e ela é boa para você e para o clube, você sai. Faltam poucos meses para o meu contrato acabar, apenas quatro meses. Tenho que me programar, saber o que o Fluminense quer. Vou deixar acontecer. Gostaria de uma definição o mais rápido possível – disse.

Os sete reforços do Fluminense para 2015 empolgam o treinador. Cristóvão Borges crê que todos eles podem, num futuro breve, dar a resposta ao clube, que resolveu apostar em jogadores desconhecidos.

– Eu estou muito otimista. Existe uma coisa, contratamos jogadores com potencial para estourar no Fluminense, sabendo que é a grande oportunidade da carreira deles. Claro, foram contratações pontuais, nas posições que precisávamos. É difícil eu te dar uma resposta hoje sobre o que vai acontecer com o Fluminense em 2015. Falar antecipadamente é muito difícil. Estou muito otimista e acho que vai dar certo. Vamos ter paciência com todos os reforços e prepará-los para atuar muito bem.

O Fluminense encerrou sua participação no último Campeonato Brasileiro na sexta colocação. Até a penúltima rodada ainda possuía chances matemáticas de classificação à Libertadores. A vaga não veio e trouxe frustração aos torcedores. O meia Wagner pontua o que fez com que o time não obtivesse a classificação.

– Eu acho que nós somos tão bons quanto todos que estão na Libertadores. Foi por detalhe que não classificamos. Acho que foi detalhe fora do campo. Em campo, fizemos tudo. Cristóvão tirou tudo, o máximo. O extracampo faltou. Esse desgaste durante o ano entre Fluminense e Unimed, outros problemas internos, saída de diretor, torcida fez pressão, Renato (Gaúcho) saiu, Cristóvão chegou. Isso pesou para que no fim não viesse uma Libertadores. Valeu muito o que a gente fez, conseguimos fazer durante grande parte do ano um excelente futebol. Derrapamos em outro. A linha a gente conhece, negócio é evitar sair dela. Permanecer correto, jogando bem, que esse ano a gente vai levantar a taça – disse, otimista, o armador.