(Foto: Paulo Brito/NETFLU)

Depois de ter reiterado, meses atrás, que não participaria das eleições presidenciais do Fluminense, o ex-vice de projetos especiais, Pedro Antônio Ribeiro, fez nova revelação ao NETFLU. Após a instituição verde, branca e grená confirmar que o processo eleitoral ocorrerá no dia 8 de junho, o milionário contou que foi procurado por Ricardo Tenório, que deixou o triunvirato então formado com Mário Bittencourt e Celso Barros, e representantes de Ayrton Xerez nos últimos dias. Entretanto, o responsável pela construção do CT tricolor garantiu que não irá apoiar ninguém para a sucessão de Pedro Abad.

– Não irei declarar apoio para nenhum candidato. Estarei nas eleições como outros sócios eleitores para fazer meu voto. Tenório me procurou essa semana, almoçamos. Logo no início da conversa eu disse que não iria apoiá-lo e que não apoiaria mais ninguém. Podem até tentar conquistar meu voto, mas não declararei. Pessoas ligadas ao Xerez também vieram conversar, mas não penso em apoiar ninguém – disse.

 
 
 

Sem papas na língua, Pedro Antônio não poupou críticas à antecipação das eleições do Tricolor das Laranjeiras, deixando muitas perguntas no ar.

– O que me impressiona é esse processo eleitoral. Por que a eleição é num dia de Fla-Flu? Faz no domingo, então. Ou será que tem uma jogada política? Sei lá, coisa maluco. Se tem o Fla-Flu no dia 8,  por que não é no dia 9? Como será a posse desse presidente? Por que presidência atual está planejando a saída desde dezembro o ano passado e não apresenta informações, num termo de confidencialidade, para cada um dos candidatos entender os números? Outra coisa é entender esse rolo entre Flu e Flamengo com relação ao Maracanã. Chega de “mimimi”! – ressaltou.

Por fim, Pedro Antônio também alfinetou o fato de o Fluminense seguir recheando o elenco há poucos dias da mudança de comando.

– Outra coisa que eu falaria com o presidente Pedro Abad: que história é essa de ainda estar contratando jogadores? Chega, né? Agora, contratar um reserva de um time de não sei aonde não faz sentido. Colocar alguém de tal forma que o novo presidente não possa contratar nem o reserva do reserva do reserva? Não faz sentido. Quer continuar mandando até o último suspiro? – concluiu com o questionamento.

Apesar das palavras duras, o empresário não estaria completamente fora do Tricolor, caso o chamassem. Obcecado por um estádio, visando criar fonte de receitas com bilheteria para o clube das Laranjeiras, Pedro Antônio retomou a pauta, desejando a construção de uma espécie de pequena arena para o Fluminense no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca. Publicado em primeira mão pelo NETFLU no ano de 2017, o tema gerou muita polêmica, acarretando inclusive, na exoneração do, então, vice de projeto especiais por, supostamente, passar por cima das decisões do mandatário Pedro Abad. Embora a questão pareça “politiqueira”, o ex-dirigente tricolor garante que está disposto a ajudar qualquer presidente ou diretor que deixá-lo trabalhar em cima da ideia.

Ex-dono do Banana Golf, Pedro Antônio foi exonerado do Fluminense no dia 28 de julho de 2017, porque o mandatário Pedro Abad não gostou do ex-dirigente ter dado entrevista falando sobre o projeto de estádio no Parque Olímpico. Emprestando dinheiro ao Tricolor das Laranjeiras muito antes de começarem as obras do CT, ele ainda não sabe quando receberá tudo o que lhe é devido (cerca de R$ 7 milhões).

Em 2016 cogitou-se a participação do ex-dirigente na eleição presidencial. Para isso, seria necessário a mudança estatuária, algo que foi muito combatido pela oposição. O próprio Pedro Antonio, na ocasião, sugeriu uma assembleia geral para que os conselheiros votassem a respeito de uma alteração no estatuto. O tema não foi a frente. Neste ano, porém, vários grupos apoiaram a ideia de mudança estatutária, para facilitar a antecipação das eleições e consequente saída de Abad da presidência.