rc2Os torcedores do Fluminense são praticamente unânimes quando perguntados sobre o que deu errado para o clube neste ano. Na visão deles, faltou planejamento. Rodrigo Caetano, executivo de futebol, se defendeu. O dirigente argumentou que a falta de receitas, dentre outras coisas, acabou influenciando diretamente no ano decepcionante.

– É bom a gente voltar a 2012 para avaliar 2013. No ano passado, o Fluminense e seu patrocinador fizeram grandes investimentos. Foram adquiridos Wagner, Thiago Neves, Bruno, Anderson e uma parte do Jean. No meio da temporada, clube teve que exercer a opção de compra do Rafael Sobis, um jogador importante no elenco. Em 2013, devido às condições financeiras que o clube atravessava, nós apostamos em um planejamento de manutenção do elenco por causa das penhoras e da redução de investimento do patrocinador após tudo o que foi feito em 2012. Entendíamos que a manutenção de uma equipe que foi campeã brasileira, carioca e chegou nas quartas de final da Libertadores, dentro da nossa realidade, era algo que nos daria o mínimo de segurança para disputar títulos. Se você me perguntar se poderíamos melhorar a equipe, é óbvio que sim. Até porque para manter um time depois de dois títulos importantes não é fácil. Você tem que renovar contratos como fizemos com Carlinhos, Gum, Leandro Euzébio, Valencia, Deco, Wellington Nem… O próprio Fred teve seu compromisso estendido. Isso tudo requer investimento, mas algo menor do que precisar ir ao mercado. Foi a estratégia mais viável e a que entendíamos que não nos traria riscos. Infelizmente, sabíamos que não seria possível escapar de algumas vendas após a Libertadores. Tanto para o patrocinador quanto para o clube. O problema é que as nossas receitas ficaram bloqueadas do dia seguinte à conquista do tetracampeonato até outubro. Inclusive as receitas de Thiago Neves e Wellington Nem. Iriamos investir esse valor em reforços? Talvez não com nomes do peso e da qualidade de ambos, mas certamente iríamos trazer alguém para repor as peças. Infelizmente o clube apenas sobreviveu nesse período. Quem acompanha de perto sabe disso. Foram inúmeros problemas. Como hoje se exige o mínimo de responsabilidade na gestão, não tínhamos como fazer novas dívidas. Óbvio que tentamos reforçar a equipe. Tentativas nas quais esgotamos todas as possibilidades. Dos contratados em 2013, com exceção do Wellington Silva, todos os demais vieram emprestados ou sem aquisição. Achamos que manter o elenco e trazer algumas peças para aumentar as opções seria suficiente. Não foi. Perdemos jogadores importantes, não conseguimos utilizar os reforços para novos investimentos e ainda tivemos uma sequência de lesões que nos custou muito caro. Isso pesa muito e tivemos de buscar alternativas nas categorias de base. Mas são jovens talentosos que precisam rechear o elenco e não serem considerados a solução. Por tudo isso, espero que o Fluminense saia dessa situação. Vamos lutar demais para depois fazermos um balanço do que pode ser melhorado para o próximo ano – dissertou Rodrigo Caetano.


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