(Foto: Reprodução do Twitter)

Não é de hoje que o Fluminense revela muitos jogadores em suas categorias de base. No passado surgiram nomes como Thiago Silva, Marcelo, Fabinho, Roger e Carlos Alberto. Já no Campeonato Brasileiro atual foram utilizados 16 crias de Xerém. Há ainda nos times sub-17 e sub-20 promessas do quilate de John Kennedy (atacante, 18 anos), Marcos Pedro (lateral-esquerdo, 19 anos), Gabryel Martins (atacante, 18 anos), Kayky (atacante, 17 anos), Matheus Martins (atacante, 17 anos), Metinho (volante, 17 anos) e Arthur (meia, 15 anos). Mas o que falta para o Tricolor tirar maior proveito esportivo com suas pratas da casa?

Jornalistas do Grupo Globo tentam elucidar tal questão. Paulo Vinicius Coelho cita a questão financeira como um problema. Afinal, com a mesma velocidade com que cria grandes jogadores, o clube os perde para o mercado.

 
 
 

— O Fluminense é uma fábrica. É incrível a capacidade de descobrir e revelar jogadores, só que depois os perde. Se o Fluminense tivesse um time hoje com Ibañez, Ayrton Lucas, Scarpa, Gerson, Pedro, seria muito mais competitivo. E aqui é que está o grande X da questão. Conseguir construir um projeto capaz de equacionar os problemas financeiros e fazer o que o Grêmio tem feito, em descobrir e ganhar resultado esportivo com eles para depois ganhar o financeiro – refletiu PVC.

Por sua vez, Renata Mendonça aponta a pressa com que alguns são lançados aos profissionais. Muitas vezes, precisam já entrar como protagonistas e solução dos problemas.

— O Fluminense faz um excelente trabalho na base e tem aproveitado isso no time principal. O único problema que vejo é que o clube, muitas vezes, já lança os garotos da base com a necessidade de tê-los como protagonistas do time, e não como um complemento da equipe. Isso muitas vezes pode gerar uma cobrança excessiva em cima de jogadores muito jovens que não estão preparados para isso, nem deveriam receber essa carga de cobrança. Aconteceu, por exemplo, com o atacante João Pedro em 2019 – ele chegou a ser questionado por torcedores quando estava jantando em um restaurante no Rio. O ideal é ter protagonistas no elenco principal e ir lançando os garotos com tempo para eles se firmarem como protagonistas, e não com a necessidade de eles darem uma resposta imediata – avaliou.