(Foto: Lucas Merçon - FFC)

Não é de hoje que o técnico Fernando Diniz faz algumas modificações nas posições de jogadores do Fluminense. Isso ocorre desde a primeira passagem como técnico do clube, em 2019, como recorda reportagem do portal ge. No protesto realizado por torcedores na quinta-feira, no CT Carlos Castilho, um chegou a falar para o zagueiro (outrora volante) Felipe Melo que “pegar um jogador meia-boca de uma posição para botar na outra não vai dar certo”.

Relembre aqui os “experimentos” feitos por Diniz em suas duas passagens no Fluminense:

 
 
 

Caio Henrique (meia > lateral)
Este pode ser considerado o “case de sucesso” do técnico no quesito improvisação. Caio Henrique era um meia discreto no time, passou a ser usado como lateral-esquerdo por necessidade e foi muito bem. Agradou tanto que mudou de vez para a posição; foi vendido para o Monaco, da França; e virou um dos laterais brasileiros de destaque na Europa.

Yuri (volante > zagueiro)
Emprestado pelo Santos na época, o volante chegou a viver um bom momento no meio de campo do Fluminense de 2019. Mas quebrou o galho algumas vezes na zaga, onde formou até dupla titular com Nino. Foram quatro jogos como zagueiro, mas sem deixar saudades.

Marquinhos Calazans (atacante > lateral)
O jovem atacante também chegou a jogar duas vezes como lateral-direito com Diniz em 2019, embora não de titular. Ele atuou na posição como uma espécie de ala no decorrer dos jogos contra Vasco e Flamengo no Carioca, mas sem grande destaque.

Allan (volante > lateral)
Foi no Fluminense de 2019 que o volante se reencontrou no futebol e até quebrou um galho de lateral-esquerdo na reta final de um Fla-Flu pelo Carioca. Mas foi apenas na emergência.

Yago Felipe (volante > lateral)
O volante que viveu altos e baixos no Fluminense também foi assim nas improvisações. Yago por um tempo agradou como lateral-direito em 2022 e foi o titular de Diniz mesmo com Samuel Xavier e Calegari à disposição. Ele também chegou a ser usado algumas vezes na esquerda, mas não foi bem.

Caio Paulista (atacante > lateral)
Depois de Caio Henrique, o atacante foi quem mais atuou improvisado com Diniz. Caio Paulista também mudou de posição e virou lateral-esquerdo (chegou a jogar também na direita), alternando entre boas e más partidas na função no ano passado. Como ala, fez dois gols e deu quatro assistências, mas continuou sendo perseguido pela torcida.

André (volante > zagueiro)
Um dos grandes volantes da nova safra do futebol brasileiro, André vira e mexe quebra o galho na zaga durante os jogos, quando o time está precisando fazer gols. Diniz costuma tirar um zagueiro para colocar mais um homem de frente e recua o volante para ter qualidade na saída de bola. Apesar da baixa estatura e de algumas críticas de torcedores, a mudança muitas vezes deu certo.

Felipe Melo (volante > zagueiro)
Esta não é propriamente uma improvisação do Diniz. Felipe Melo começou a ser usado como zagueiro ainda no Palmeiras, com Luxemburgo, e com Abel Braga no Fluminense. Mas o técnico também vem usando o jogador na função, inclusive como titular na atual temporada. E o volante tem sido um dos destaques do time na zaga nos últimos jogos.

Alexsander (volante > lateral)
Outro volante de grande potencial de Xerém (assim como André), Alexsander tinha grande concorrência no meio de campo, e as primeiras oportunidades no profissional surgiram como lateral-esquerdo. O garoto foi muito bem no setor na reta final de 2022 e virou xodó da torcida. Nesta temporada, ele conquistou seu espaço no meio, mas ainda quebra galho de lateral quando preciso.

Pirani (meia > lateral)
Emprestado pelo Santos, o meia era criticado pela torcida em sua posição e virou opção como lateral-esquerdo. Após entrar bem em dois jogos, contra Flamengo e River Plate, ganhou sua primeira chance como titular no setor diante do Goiás e foi mal, com dificuldades para marcar.

Alexandre Jesus (atacante > lateral)
O atacante que era do time sub-23 não teve espaço em sua posição no profissional e passou a treinar com Diniz como lateral-direito. Ele entrou na função no segundo tempo contra o Paysandu e diante do Goiás, quando jogou na esquerda. Nas duas partidas ele foi mal e virou alvo da torcida.

Obs: Ezequiel, Calegari e Guga não entraram na lista porque os três já eram laterais-direitos antes do Diniz e suas improvisações foram apenas para o lado esquerdo, mas sem alterar a função.