Muricy Ramalho, Emerson, Alcides Antunes, Conca, Fred, Mário Bittencourt, Celso Barros. A lista de profissionais que deixaram a administração Peter Siemsen com algum desgaste é extensa. Quanto ao ex-vice de futebol, adversário de Pedro Abad, candidato apoiado pelo presidente tricolor, Peter fez uma crítica.

– Washington e Deco não têm desgaste nenhum. É apenas escolha política e acho normal. Vocês nunca me viram criticando o Celso, até porque ele foi importante para a história do clube. Ele está no direito dele de se candidatar. O desgaste com ele ocorreu por conta do Abel e algumas imposições, que foram desgastantes para mim, que não guardo rancor. Vejo esse desgaste como natural, pois ele controlava o futebol do clube. A partir do momento que a Unimed Rio entrou em crise, o relacionamento com o Flu piorou, pois não havia o mesmo investimento. Isso teve muito desgaste de vestiário. Faz parte de um processo de crescimento do Fluminense. É espetacular. Mas uma coisa é ser campeão com um time praticamente feito pela Unimed. Outra é construir um Fluminense forte. Quando eu assumi, isso não existia. Zero desgaste com Washington e Deco que são ídolos. Continuei focado em construir um Fluminense forte, sem depender de ninguém. Esse é o meu desenho para o clube. Com relação ao Mário, da minha parte não existe desgaste. Mas tem pessoas que não gostam de ouvir um “não”. Isso acontece e faz parte do processo. Fui bastante claro ao explicar porque não apoiaria ele. Eu acompanhei a gestão dele do futebol e vi que não poderia apoiá-lo à presidência. Não tenho nenhum compromisso político com ninguém, a minha escolha é de convicção. Por um Fluminense cada vez mais forte e não via isso na candidatura dele após a gestão que teve no futebol profissional. Fui bastante verdadeiro. Falei: “Não vou te apoiar, porque entendo dessa forma e acho que no momento você não está pronto para exercer essa cargo”.