Rogério Caboclo, presidente da CBF (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

Aparentemente, o calendário desta temporada está definido. As Séries B e C, começarão um dia antes da primeira divisão, no dia 8. Marcar datas no calendário é só um dos desafios da CBF em meio à pandemia. Em entrevista ao GLOBO, o presidente da entidade, Rogério Caboclo, crava o reinício do Brasileirão para o dia 9 de agosto, nem que as equipes tenham que jogar fora de suas praças se as cidades não estiverem em boas condições sanitárias.

– Não temos resposta em relação aos estaduais. Eles estão comportados pelos limites da fronteira do seu estado. Dependem das autoridades sanitárias, assim como as competições da CBF. Mas a diferença foi a aprovação na reunião da Comissão Nacional de Clubes (CNC) e a CBF. Propusemos aos 20 clubes da Série A que, para podermos lançar a data de 9 de agosto, haveria necessidade de uma aprovação de todas as autoridades sanitárias de nove estados e 11 cidades. E não temos isso hoje. Fiz a proposta no sentido de que admitissem uma reflexão sobre jogar fora do mando de campo para manter essa data íntegra, irretocável, caso todas as cidades não estejam liberadas. Houve votação de 19 a 1 a favor (NR: o Athletico foi contra) – disse o presidente da CBF. Ele complementou, confirmando a data:

– Posso afirmar, a partir da confirmação dos clubes, que sim. Se estão dispostos a jogar onde o futebol estiver autorizado, quero crer que nessa data teremos cidades suficientes para acomodar os jogos, considerando que não teremos torcida presente. Mas em momento algum foi cogitada concentração em uma cidade específica.

A pressa, segundo o presidente, não tem a ver com a tentativa de terminar a temporada em dezembro: isso já não é possível. O objetivo é conseguir ajustar todo o calendário até 2022, um “exercício difícil, segundo o dirigente. Para isso, a CBF vai “reabrir hotéis, colocar aviões no céu e fazer o futebol voltar” e não há, no momento, plano B em caso de uma segunda onda da Covid-19.