A pandemia do coronavírus, que ocasionou a paralisação do futebol brasileiro, trouxe inúmeras dificuldades para os clubes. No caso dos pequenos do Rio de Janeiro, muitos tinham atletas com contratos válidos por menos de 3 meses (período de duração do Carioca) e agora estão sem saber o que fazer. Em entrevista, Rubens Lopes, presidente da Ferj, comentou sobre o assunto.

– Essa é uma das contribuições que a federação está tentando fazer em benefício não somente dos clubes cariocas, mas do país inteiro. A Lei Pelé estabelece que o prazo mínimo de contrato é de 3 meses. Todos sabem que os clubes de menor investimento, tem um calendário reduzido. Os contratos não são por prazos longos, em média de 5 meses de duração. Aconteceu que o campeonato foi suspenso, sem que tenha terminado, com retorno incerto. Vários contratos terminaram, em março para que cerca de 63, quase 200 em abril, e os clubes, 12 clubes praticamente ficaram sem elenco para participar das competições. Uns precisam de apenas duas datas, duas partidas, o que pode acontecer em três, quatro dias. Para jogar duas partidas não teria nenhum sentido de se firmar um contrato de 3 meses. Isso iria onerar esses clubes, que já têm uma dificuldade danada, por todo desiquilíbrio da cadeia econômico. A Federação expediu um oficio para ser encaminho à Presidência da República para ver se teria viabilidade da edição de uma medida provisório alterando o artigo 30 da Lei Pelé, que diz que o contrato tem que durar três meses, para excepcionalmente daqueles casos que precisam de conclusão dos estaduais pelo país, o que abrange 269 clubes, em todos os estados, para que esses contratos pudessem ter uma duração de apenas 30 dias. Essa medida provisória, segundo o Secretario Ronaldo Lima, está na mesa do presidente para ser despachada. Isso é pensado pela federação do Rio e acho que resolve um grande problema – disse.