Piacente destacou que não houve provas capazes de mostrar que, de fato, o trio de arbitragem contou com essa influência extracampo.
– O procurador-geral Pedro Bevilacqua foi muito hábil e pediu as informações, porque ele, à parte disso, estava produzindo prova para um eventual inquérito, eventual denúncia de uma infração disciplinar. Ele solicitou a oitiva do inspetor, do quarto árbitro, do principal e do assistente. Essas provas foram obtidas, e a procuradoria, com isso, ingressa no processo e pede uma reconsideração dizendo que agora tem prova de que não houve interferência. O inspetor negou ter dito aquelas palavras (de que a TV já sabia do gol irregular). O árbitro assistente negou que ele tenha falado aquelas palavras. O árbitro assistente disse que a decisão final foi entre a conversa do trio de arbitragem. Com essa forma, não há mais o que ser feito.
Depois de entender que a leitura labial feita por um surdo e mudo em programa na TV Globo produzir “provas robustas”, o mandatário do STJD confirma ter voltado atrás:
– Como sempre, essa questão desse vídeo com essa leitura labial é uma prova relativa. Não é absoluta. Não poderia decidir com ela, porque dependeria de mais provas para saber realmente se o inspetor havia dito aquilo para o arbitro. Logo em seguida, na impressa, o inspetor negou ter dito. O que restou a mim foi aguardar a prova, duas coisas, se ele havia dito “a TV viu, a TV sabe” (…) Mesmo que ele tenha dito, venha essa prova amanhã, “está aqui, provado, ele falou”. O inspetor vem e conserta, falou mesmo aquilo. Ai tem que ouvir o árbitro e o assistente. O que levou a mudar, foi a frase? Ele já disse que não. A partir dai, já que ele estpa falando que não, não tem mais o que fazer além de arquivar – explicou.