(Foto: Lucas Figueiredo - CBF)

Em entrevista ao programa “Troca de Passes”, do SporTV, o presidente do STJD, Paulo Salomão Filho, explicou com mais detalhes sua decisão de deferir parcialmente o pedido de Fluminense e Botafogo para entrar em campo pelo Carioca somente em julho. Paulo afirmou que entendeu ser justo chegar a um meio-termo para definir a questão, já que a Ferj e os demais clubes tinham posição contrária.

– O Fluminense colocava que o ideal era jogar, de acordo com os fisiologistas, a partir do dia 1º. Porém, havia uma informação de que não seria o ideal, mas que seria possível entrar em campo no dia 28. Não era o pedido deles, mas era uma possibilidade. Entendi que poderia se chegar num acordo, a Federação pedia para que a Taça Rio terminasse no máximo dia 1º e Botafogo e Fluminense diziam que antes de 28 não poderiam participar. Tentei um acordo entre as partes, quase se chegou, e aí tomei uma decisão “intermediária”, fazendo uma ponderação, buscando equilíbrio e razoabilidade dentro dos pleitos que foram apresentados. O objetivo da mediação era tentar chegar a um acordo. Entendi que um acordo seria melhor do que deixar um terceiro, no caso eu, decidir o tema. Eram poucos dias de diferença. Os clubes, principalmente os pequenos, não queriam avançar o calendário no mês de julho sob o argumento de que teriam de pagar mais uma folha salarial num momento tão difícil da economia. Lá em maio fizeram um arbitral e entenderam que o retorno deveria acontecer tão logo as autoridades permitissem. Botafogo e Fluminense, com as razões deles, ao invés de cumprir a decisão da maioria, resolveram manter a recomendação do isolamento social e não voltaram. Não vou entrar no mérito se estavam certos ou errados. Eles terão um déficit físico, disseram na reunião de sexta que não entrariam em campo no dia 22. E por isso a decisão acabou na Justiça Desportiva. Ao contrário dos anos anteriores em que o calendário era muito denso, não era necessário agora esse “açodamento” para amarração das datas. Entendi que poderia chegar a um meio-termo. As decisões do arbitral, da maioria, em regra devem ser respeitadas. É claro que a justiça desportiva deve sempre conter os abusos e principalmente tentar dentro do possível chegar num meio-termo – disse.