– Não procede porque eu cheguei a comprar, inclusive. Foram R$ 17 mil de ingressos da Copa. Comprei como torcedor no normal, entrei no site. A CBF destina a membros do Tribunal, de Federações. Alguém falou que teria grampos, mas não tenho nada a ver com isso.
Entre os pontos que chamaram a atenção da Polícia estão diversas conversas de Paulo Schmitt com uma funcionária da CBF chamada Luciana. Era ela a responsável por distribuir os ingressos entre os agraciados pela entidade.
“Oi, Lu, a Joyce pega com você amanhã que horas e onde?”, pergunta o procurador, que recebe como resposta: “Fala pra ela amanhã ao meio-dia aqui na sede da CBF”, diz a funcionária da entidade.
Em outras conversas, Schmitt foi perguntado sobre os valores e a disponibilidade de ingressos para jogos, entre eles, a final entre Alemanha e Argentina. Num dos trechos, com um homem não-identificado pela Polícia, trava-se o seguinte diálogo:
“Fala presidente, o valor da final é aquele ali que eles estão praticando?”, pergunta
o homem, que recebe como resposta do procurador: “É, esse era o que eu tinha categoria 1, mas daí os procuradores já quiseram ficar, eu não posso… Não sei qual vou ter, se vou ter. A uma da tarde vou ter uma resposta. De qual categoria e o quê que eles vão me disponibilizar. Aí te aviso se for alguma coisa razoável, né”.