Procurador Geral do STJD, Paulo Schmitt, criticou duramente o Vasco. O clube ingressará com ação para ganhar os pontos do jogo contra o Atlético-PR e, assim, permanecer na Primeira Divisão. Ele enxerga desespero dos dirigentes e avisou que a Procuradoria não tomará partido.
– O que aconteceu dá margem para o placar mudar para 3 a 0? Convenhamos! Isso é problema do Vasco, não é problema meu. A Procuradoria não vai se mover um milímetro para dar margem de que o resultado em campo seja modificado. Não vou cair no ridículo de fazer isso. Se o árbitro (Ricardo Marques Ribeiro) errou é outra coisa. É uma análise pessoal minha. Está parecendo desespero do Vasco. Vamos somar quantas vezes o Vasco entrou atrasado em campo nos inícios de partidas, foi punido e nem por isso o jogo acabou em 3 a 0. Estão forçando a barra. Essa questão de placar por 3 a 0 é para casos diferentes. Como se uma equipe causa a interrupção de um jogo, não pode seguir, faz um cai-cai e fica com seis jogadores – disse Schmitt.
Advogado especializado em direito esportivo, Pedro Zanette Alfonsin tem visão semelhante à de Schmitt sobre o caso:
– Os advogados do Vasco não alegam prejuízo. A irregularidade de o jogo ir além dos 60 minutos não constitui um erro de direito a ponto de se adiar a partida. O clube (Vasco) não se recusou a jogar e depois alega que o jogo não deveria ocorrer? Esse raciocínio vai contra os princípios gerais do esporte, da lealdade e da competição