A tragédia financeira do Fluminense tem nome e sobrenome: fluxo de caixa. Por mais que o clube ache novas receitas, dívidas consomem essa renda antes mesmo que ela consiga chegar à conta bancária. Os atrasos de salários são decorrentes deste aperto.
Por isso, Abad estabeleceu como prioridade a redução da folha de pagamentos desde que chegou, sendo diminuída de R$ 130 milhões em 2016 para R$ 122 milhões em 2017. Com um investimento mais baixo, o time chegou na 14ª posição do Brasileirão do ano passado e frustrou a torcida, acostumada com os títulos em 2010 e 2012 e a brigar sempre no topo.
Fora a redução de custos e a auditoria sobre a realidade financeira, ambas necessárias para que a situação comece a clarear, pouca coisa melhorou no Fluminense na temporada passada. A receita operacional caiu em relação ao ano retrasado, muito em função da luva por um novo contrato de direitos de transmissão, que rendeu R$ 80 milhões em 2016 e zero em 2017.