(Foto: Rossana Fraga - Photocamera)

Se em 2013 Rhayner chegava ao Fluminense com um jejum de mais de um ano sem fazer gols nas costas, hoje a situação se repete com Caio Paulista. Ao recordar a “seca” o atacante, hoje no Sanfrecce Hiroshima, do Japão, conta conselho que recebeu de Fred e o “repassa” a caio.

– Um dia eu recebi um conselho do Fred que tirou completamente a pressão da minha cabeça em relação a fazer gol. Eu não me preocupava muito. Tudo mundo sempre brincava comigo, me chamavam de “quase-gol”, tive inúmeros apelidos ao longo desse tempo. E o fim do jejum acabou saindo de uma jogada inusitada: fui cruzar uma bola na área, acabou que encobriu o goleiro, e ele deu um tapa para dentro ainda. Na minha cabeça considerei muito mais gol contra do que meu (risos), mas é óbvio que ia comemorar. Dois anos sem fazer, impossível o juiz não dar um gol daquele para mim. Quando ainda estava no jejum, o Fred falou comigo: “Rapaz, se chegar na frente do gol tira a pressão, tenta chutar de letra, cava para cima do goleiro, tenta fazer alguma coisa diferente, improvisa… Quanto menos pressão você tiver na hora de finalizar uma jogada, maior a chance de você acertar. E lembro até hoje que no jogo contra o Atlético-MG no Independência eu peguei a bola no contra-ataque, saí do meio de campo até o gol. O Victor abriu os braços e fechou completamente o ângulo. O caminho até o gol foi longo, e só vinha à cabeça o que o Fred me falou. Então pensei: “Ah, caiu na esquerda, mas vou cavar por cima”. E fiz o gol – disse, complementando:

 
 
 

– Não é uma característica minha de finalização, mas eu tirei completamente a minha responsabilidade, a pressão de fazer, e acabou que foi um dos melhores gols da minha carreira. Principalmente pela minha tranquilidade na frente de um ótimo goleiro que é o Victor. Foi o conselho que mais me deixou à vontade em campo. Então, quanto mais você leva o futebol pelo lado divertido, mais você faz com prazer e vai conseguir fazer com facilidade.