Sob a responsabilidade do Comitê dos Jogos Olímpicos, o Maracanã, daqui a dois meses e meio volta para a Odebrecht, que já avisou: não pretende manter o estádio. O Governo do Estado do Rio de Janeiro, por sua vez, não quer administrá-lo por falta de recursos. O secretário da casa civil do Rio, Leonardo Espíndola, em entrevista à ESPN Brasil, conta o que será do ex-Maior do Mundo.

Qual dos cenários o Governo avalia como mais viável neste momento: venda da concessão ou nova licitação?

 
 
 

“Como todos sabem estamos em negociação com a concessionária que atualmente administra o Maracanã. E a concessionária tem a obrigação de manter o Maracanã sob sua administração, enquanto não houver uma solução definitiva em relação ao estádio. A concessionária só pode sair do estádio com uma decisão transitada em julgado.

Enquanto não houver uma solução e uma definição acertada entre as partes, a concessionaria deve manter o Maracanã sob sua administração”

Existem duas empresas, fora a Odebrecht, que se propõe a assumir o Maracanã. Uma empresa que não tem o apoio dos clubes e outra que tem. Como o Governo se posiciona em relação a isso?

“Nossa posição é que o estádio não voltará para o Estado. 00:03:01 Todas as outras possibilidades, desde que elas sejam legais, desde que elas juridicamente acertadas, estão sendo analisadas hoje pela Casa Civil, em conjunto com a Procuradoria Geral do Estado.”

Num cenário em que as empresas não fechem com os clubes. Como vocês veêm o futuro do Maracanã sem os clubes de futebol?

“Sem dúvida nenhuma, a essência do Maracanã são os clubes de futebol. Se eventualmente uma outra empresa assumir o Maracanã, certamente ela vai ter de ter a capacidade negocial de envolver os clubes para que ali joguem suas partidas”

Um dos concorrentes não tem a simpatia dos clubes, que dizem que não jogarão no estádio caso ela seja a concessionária. Esse cenário pesa a favor do grupo que fechou com Fla-Flu?

“Todas as alternativas estão sendo analisadas. Vencerá a que for melhor para o Estado e para a população.” 

Quatro empresas manifestaram interesse no estádio, no entanto, duas são as que, de fato, têm participado das conversas com a Odebrecht: a Francesa Lagardere, associada à BWA e extra-oficialmente à Federação do Rio de Janeiro (FERJ) e a Golden Goal, em parceria com o Flamengo, e interesse do Fluminense. As outras duas são: IMM (antiga IMX) e AEG.