Foto: Lucas Merçon/FFC

O Fluminense, na última partida do ano no Rio de Janeiro, mostrou novamente em campo o quão ruim foi o planejamento durante toda a temporada. Limitado, preguiçoso e sem inspiração, o time perdeu para o desesperado Sport por  2 a 1, neste sábado, no Maracanã. Os gols foram marcados por André, duas vezes, e Marcos Júnior.

Uma morosidade, uma lombeira…Esse foi o Fluminense na maior parte do primeiro tempo. Marcando à distância e lento para trocar passes, o time parecia cumprir protocolo no Brasileirão, como se estivesse garantido na Copa Sul-Americana do ano que vem. O Sport, louco pela vitória para escapar da zona de rebaixamento, nem precisou forçar muito para abrir o placar.

 
 
 

Aos 11 minutos, Marlon Freitas errou um passe bobo no meio-campo e o time demorou a se recompor. Numa indefinição de Diego Cavalieri, Renato Chaves e Lucas, André fez 1 a 0 para a equipe pernambucana.

Não demorou para os gritos de ordem contra o presidente voltarem a ecoar no Maracanã. Afinal, antes mesmo de a bola rolar, o mandatário ouviu a torcida o mandar para aquele lugar, assim como o grupo político que o apoia, a Flusócio.

Sem finalizar e continuando oferecendo espaços generosos, o Fluminense seguia chamando os nordestinos para o seu campo. Sornoza, como nas últimas partidas, desaparecido, Scarpa tentando resolver sozinho, laterais inoperantes… Até que aos 25, em nova falta de atenção defensiva, André ampliou. Explodiu a pólvora.

Os tricolores passaram a vaiar todos os jogadores, com mais ênfase em Lucas e Gustavo Scarpa e gestor ouviu o coro uníssono “Ei, Abad, vai tomar no c…”. Gritos de “ÔÔÔ queremos jogador” também foram escutados.

Mas para a alegria dos tricolores, Marcos Júnior, que errava tudo, botou fogo no jogo. Cruzamento na área, cabeçada da zaga leonina e o atacante pega de bicicleta. Golaço! A torcida, então, passou a apoiar a equipe em busca da virada.

No segundo tempo, mudanças. Saíram o Gasparzinho Sornoza e Marlon Freitas, que não justifica nunca a escalação, e entraram Matheus Alessandro e Wendel.

Na prática, o Flu teve mais a bola, ensaiou uma pressão sobre o Sport e teve uma oportunidade importante com Marcos Júnior, em passe inteligente de Henrique Dourado. Mas pouco ameaçou.

A última tacada de Abel foi Pedro no lugar de Gustavo Scarpa, que fez péssimo jogo, mas se a bola pouco chegava no ataque, sem o camisa 10 nem sequer rondou.

O time de Recife, nos minutos finais, teve chances de ampliar. O Flu quase empatou em cobrança de falta de Marlon no último lance da partida, mas ficou mesmo no 2 a 1. Uma despedida melancólica do Fluminense no Maracanã e a torcida, claro, hostilizou muito os responsáveis pelo planejamento que levaram o clube a essa situação na temporada.

O Flu jogou com: Diego Cavalieri; Lucas, Renato Chaves, Henrique e Marlon; Marlon Freitas (Wendel), Douglas e Sornoza (Matheus Alessandro); Gustavo Scarpa (Pedro), Marcos Júnior e Henrique Dourado.