Eu sou a otária. Eu sou a enganada. É assim que quem atua e administra o futebol vê o torcedor, no Brasil.

 
 
 

Mas senhores Pedro Abad, Abel Braga, jogadores e seus agentes, registro: sou otária e enganada por escolha, não porque vocês são gênios do populismo, do engodo, da enganação ou, tecnicamente dizendo, da propaganda e do marketing.

Atenção, senhores: eu escolhi ser otária e enganada. E isto tem a ver só com o que representa a instituição Fluminense Football Club na minha história de vida.

Tricolor não é quem recebe, mesmo na justiça, R$ 600 mil reais por mês; beija escudo; chora; coloca fotos no Instagram com os filhos com a camisa do Fluminense; dá carrinho; corre incansavelmente sem nada produzir, criar, ajudar para a construção de uma vitória do time.

Tricolor não é aquele que escala porque jogador “X” porque é da patota ou porque o fisiologista escreveu na planilha. Muito menos aquele que além disso tudo troca de time como se troca de cuecas. Também não é quem quer se perpetuar no poder e fazer de um time como o Fluminense e seu tamanho , história e tradição, um clube privativo.

Não! Tricolor é aquele que, como eu, como você, tira dinheiro apertado do seu sustento, que paga payperview, que sai na segunda-feira, à noite, de sua casa, 37,4 km para assistir ao Fluminense x Dom Pedro numa terceira divisão ou a um Fluminense cheio de buracos no meio campo porque o treinador escalou dois volantes de contenção que não têm passe vertical de mais de 3 metros; o lateral-direito sem velocidade, numa partida que enfrentaríamos uma retranca contra o time “do tamanho do Coritiba”, em pleno Maracanã.

Contra o Cruzeiro, a tática “9-0-1” com variações para o “10-0-0” funcionou por exatos 10 minutos, entre um chute fraco e torto do Scarpa que Pedro conseguiu interceptar, dominar e bater seco, sem defesa para o arqueiro cruzeirense.

Então, o “10-0-0”, com Pedro se posicionando em nosso campo de defesa, atraindo sem pressão o Cruzeiro inteiro em nosso campo defensivo, para variar, não foi eficiente, apesar dos “999 volantes” mais os homens de lado de campo, Marcos Júnior e Scarpa e, por dentro, um chute despretensioso, da entrada da área, resvala no zagueiro e encobre lentamente o lento ex-goleiro, mas ídolo por causa de 2012, há cinco anos, Cavalieri.

Sempre levando gols por posicionamentos excessivamente defensivos, quando abre o placar ou não, mesmo no Maracanã, como vimos contra o Avaí, Coritiba, Bahia, o sempre querido, pelo caráter e identificação, Abel se torna o “Caim”, como treinador, e nos mata.

Mas as benditas derrotas do Sport e do Avaí e os santificados empates entre Coritiba e Ponte Preta, este nosso próximo adversário em casa, no feriado da Consciência Negra, dia 20, o jogo do ano, além dos retornos de Sornoza e Dourado contra um ansioso Corinthians para ser campeão, na quarta, pode-nos ajudar a ainda, em novembro, cumprir o objetivo medíocre de uma gestão pigmeu ante a grandeza do Fluminense, corroborada com certa vaidade e cansaço do Abel, que é se manter na Série A.

É O MÍNIMO.

Toques Rapidos:

– Perder Marlon, injustamente, foi péssimo, determinou ou antecipou a virada do time da casa, mas pior: pelo reserva dele.

– Apesar de todos os problemas pessoais (segundo Sornoza) com a família no Equador e uma queda técnica muito grande, Orejuela consegue produzir e ajudar menos que o Marlon Freitas? Pela característica, não é possível.

– Como reclamar só da arbitragem (que historicamente nos prejudica) se sequer a diretoria determina um perfil ofensivo e imponente do time em campo? E a torcida permanece passiva para não magoar Abel nesse ano trágico e doído dele?

– Ao Jogo do ano: segunda, Ponte Preta. Mas quem sabe, nessa quarta, a ansiedade do Corinthians nos ajude à vitória?

– E não é que o time remendado e do “tamanho da Chapecoense” venceu o “elenco galáctico” do Santos que passou o Brasileiro quase todo no G4 enquanto o time do “jênio” Abel empata com Coritiba e Bahia na reta final, em pleno Maracanã…

– #Cansada

– #AcabaBrasileirãoAcaba!

Fraternalmente,
ST.