Sula: o prêmio de consolação à torcida. 2020: a principal escolha do presidente Mário

Oi, pessoal.

Para fecharmos 2019, projetando 2020, vamos começar com algo básico e imutável do futebol. Este tem só duas estrelas, só dois protagonistas: o jogador e o torcedor.

 
 
 

Nos últimos 25 anos, atraiu terceiros que, sentados em suas cadeiras confortáveis, transformam o suor do jogador e a paixão fiel do torcedor em grana – para filiados – e dívidas para nossos clubes.

A mudança é que o primeiro, em regra, precisou de agentes para ter chances de se profissionalizar; o torcedor virou mero consumidor, extorquido e chantageado, cobrado e, não raro, responsabilizado pelas desditas, dívidas e erros de dirigentes.

Inicio assim para agradecer todo esforço, dedicação e integridade daqueles principais jogadores que atravessaram 2019 com a gente entre uma diretoria que apagava as luzes com atrasos salariais e abandono e a nova diretoria que assumia com euforia meio atrapalhada que nos induz a erros.

Matheus Ferraz, P.H. Ganso, Caio Henrique, Yoni González, Allan, Digão, Nino, Daniel, Gilberto, João Pedro, Marcos Paulo e os pós- Flusócio: Muriel, Nenê e, nesse fim, sob pressão e sem ritmo de jogo: Marcos Felipe e Luccas Claro.

Cada um por uma razão, momento e característica, muito obrigada.

A impressão que guardei foi que impressionamos a maioria deles pela torcida que somos.

Enquanto batiam em Diniz e Ganso, principais alvos da grande mídia: apoiamos, acreditamos, defendíamos.

Diniz acertou e errou. No entanto, seu legado foi nos provar que não é necessário ter “craques de jornal” nem ser milionário para montar e organizar um time equilibrado e SEM COVARDIA TÁTICA para ser competitivo.

Apoio esse perfil para que um atleta que vista essa camisa histórica sinta na veia: “- Você é grande! Esse clube é grande! Olhe nos olhos dos caras como grandes que são e pensem: vitória! vitória! vitória!”

Paulo Henrique Ganso é “o lento” que faz a bola correr, que abre espaço para os companheiros fluírem, tanto com passes perfeitos e de primeira, quanto puxando o marcador para outros pontos do campo.

No apagar das luzes de 8 anos de Flusócio, Diniz e Ganso foram a vidraça. Passou. E sobrevivemos todos.

O acerto em fechar com o grupo, mantendo o ainda inapto Marcão, pesou à favor.

Encerramos com uma vitória sobre o Corinthians e vaga na Sul-americana para que todo nosso esforço, angústia e luta pelo Fluminense tivesse valido a pena. Sempre vale embora canse imensamente.

Foi o sexto ano seguido no meio fio sobre o abissal Z4. Para 2020, o resgate passa pela maneira do saudoso Manoel Schwartz de montar elenco: contratar quem joga bola ao invés de jogador de jornal ou cloro para a piscina, eucalipto para a sauna e saibro para as quadras de tênis.

E agora? “Como será o amanhã?”…

Em 2019 tivemos coragem tática, no entanto, foi a vez da interferência do apito (e VAR), jamais vista por mim, “orientada” à não deixar que o time se estabilizasse e crescesse, se tornando atrativo.

Sangrar na parte debaixo da tabela, no Brasileiro, parece sistêmico.

A arbitragem tendenciosa nos saqueou, pelos menos, uns 10 pontos.

Colaboramos, sim, com nossa instabilidade administrativa e elenco desequilibrado da nossa correqueira sabotagem interna.

Nesse momento, serviremos de Supermercado para times brasileiros irem às compras!

O Fluminense é mero “bom clube” para recuperar ou dar visibilidade à atletas ignorados e sem chances.

As melhores escolhas para o presidente Mário e Angioni.

Enquanto as promessas e realidades de Xerém são vendidas ‘a preço de banana’, antes mesmo de completarem uma temporada ou duas – isso quando jogam no time principal. 

Nenhum jogador quer fazer carreira no Fluminense. Pelo menos, por uma, duas temporadas.

Sabemos que o Brasil é vendedor. Mas, consegue-se colher de jovens valores por um maior tempo de serviço ao clube. Um retorno técnico.

Mera ponte… É o que temos sido. Nesse ano, a exceção, pareceu ser Ganso que trabalhou um longo contrato.

E atenção: o mercado de futebol tem altos e baixos. Cuidado com as análises dos robôs da Grande Mídia sobre o camisa 10 do Fluminense.

E agora, 2020? O “novo” presidente tricolor que participou da última gestão e assumiu no meio dessa temporada, finalmente, começará do zero a sua administração. 

A escolha de Mário Bittencourt é simples: ser corajoso e grande como Manoel Schwartz ou covarde e pequeno como um Peter Siemsen. 

O Fluminense não pode continuar sendo clubinho de amigos nem clínica de reabilitação. 

Use Xerém ao invés de ser usado por Xerém. Como contratam Lucão e não usam João Pedro e Evanilson?

Para que trazem Nenê? O elenco já tem bons líderes e ele tira o espaço de um Marcos Paulo, Miguel, Spadacio.

Sem espaço para se firmarem e crescerem, o Fluminense perde dinheiro ao vendê-los. O atleta e seu empresário também. 

Um plano de mais uma temporada com Marcos Paulo e Evanilson – ou a tentativa de repatriar João Pedro ou mesmo Pedro (cabe, heim!) por empréstimo – dariam dinâmica técnica, tática e oxigênio publicitário muito maiores.

Agora é sua a escolha, presidente Mário: ser um Schwartz ou um Siemsen, sendo primeiro um presidente para depois pedir que o torcedor seja sócio.

E a notícia, já nessa segunda, dos salários pagos e o acordo para o restabelecimento no Profut foram sensacionais! “Bravo, bravíssimo”!

Atitude essencial para o resgaste da credibilidade perdida. Necessária para atrair parceiros. Fundamental para que jogadores (mesmo de Xerém) desejem ficar, para que a gente forme uma base, causa indispensável para a formação de times competitivos que dispute nas cabeças.

O anúncio do novo treinador, logo, foi necessário. O mercado já está a todo vapor e cada trim no celular é ganho ou perda.

Pegar o bonde andando é ruim. Efeito de todo fim de ano viver nessa corda bamba de Z4, devendo e desmanchando times.

Odair Hellmann não tem o perfil que me traga boas expectativas, embora seja dos nomes brasileiros em pauta, o único que está vindo de um bom trabalho.

Adepto de volantes, foi assim definido por Ortiz, seu ex-coordenador no Internacional: – Odair prima por jogadores intensos, com bastante pegada. Era bem o estilo dele como jogador: de muita marcação. 

Espero que Odair não seja um mero Abel, Felipão, Mano mais novo. Nada mais antigo. Que goste de pegada mas prime por quem saiba jogar futebol.

Sim, tricolores do céu e da terra: 2019 fechou com alívio e certo orgulho da gente restaurado.

E 2020 já começou! É assim no futebol.

Por tudo isso, desejo as melhores escolhas, presidente. Seu êxito nos trará alegrias e um Fluminense fortalecido.

Por fim, à torcida mais heróica, apaixonada e bonita do mundo, bom descanso, boas festas e um Felizaço 2020.

Saudações à torcida mais fantástica do mundo!