Diniz é campeão carioca, da Libertadores e da Recopa como técnico do Fluminense (Foto: Marcelo Gonçalves/FFC)

Durante a entrevista coletiva nesta quinta-feira (21) no CT Carlos Castilho, Fernando Diniz contou sobre uma situação curiosa. Ele revelou que em 2023 recebeu mensagens via Whatsapp de pessoas que descobriram seu número e pediram para não escalar jogadores veteranos juntos. O treinador do Fluminense disse que a resposta foi dada dentro de campo com os títulos e bom rendimento.

– Eu lembro claramente no ano passado quando o Felipe Melo jogou na final do Carioca eu recebi coisas que nunca aconteceram, no meu Whatsapp privado, que ninguém praticamente tem acesso, descobriram e me disseram: “Não faça isso, não faça isso”. Aí depois Marcelo junto com Felipe Melo: “Não dá, não dá, não dá”. E isso às vezes penetra até dentro do clube, porque fica uma coisa tão repetida que parece impossível lutar contra. E lutou-se contra. E ganhou Libertadores, Recopa, ficou em sétimo no Brasileiro. E todos eles foram muito importantes, são grandes jogadores, campeões e fundamentais para esse momento que o Fluminense vem vivendo. Mas a gente pega e apaga isso e quando ganha tudo justifica. E o que eu falo é que quando as pessoas acham isso errado têm que sustentar. Todos sabem que não é uma regra ter jogadores com a idade que o Fluminense tem e aquilo dar certo como deu. Vocês acham que não sei, mas estou treinando e vendo que aquilo é melhor para o time no momento. E eu arrisco. Mas quando você arrisca e dá errado mesmo que não tenha nada a ver com aqueles determinados jogadores, as pessoas vão atacar porque precisam justificar a derrota. Precisamos ter mais esforço para identificar as soluções e as soluções não estão a olho nu. Não é fácil. Eu tenho só o Fluminense para cuidar, assisto o jogo várias vezes e erro um monte de vezes. E imagina você que só vê aquele jogo de primeira e eu que assisto várias vezes não consigo enxergar? Não tem como isso ter muito cabimento. A minha crítica é essa. Tem que sustentar a crítica, porque eu posso aprender também. E as pessoas acabam indo onde a onda está indo.