Joel Santana lembra do início difícil do Fluminense no Carioca (Foto: Arquivo - FFC)
Joel Santana lembra do início difícil do Fluminense no Carioca (Foto: Arquivo – FFC)

Há 20 anos, o Fluminense conquistava um dos Campeonatos Cariocas mais memoráveis de todos os tempos com o gol de barriga de Renato Gaúcho na decisão contra o Flamengo. Mas, quando a competição começou, poucos acreditavam no Tricolor. Comandante na decisão, Joel Santana lembra que o time era o “patinho feio” na disputa. O grupo entrou completamente desacreditado.

– O Ronald veio do Americano, o Sorlei do Coritiba, o Lima trouxemos do Sport. Chegou o Ailton do Japão, que o Flamengo não quis. Ainda tinha uma lista que a gente chamava dos “11 condenados”, que estavam no clube em 1994. Eram Djair, Márcio Costa, Rogerinho, Cadu, Lira, Leonardo, Ézio… O Renato só chegou depois. Tem de tirar o chapéu para esse grupo. Jogadores que estavam para sair, renegados, aceitaram a proposta de trabalho – recorda.

 
 
 

Essa desconfiança só aumentou após a estreia, quando o Fluminense foi derrotado por 1 a 0 pelo Madureira em Conselheiro Galvão. Ainda fora de forma, Renato Gaúcho, contratado para ser a estrela da companhia e dar peso ao time, só entrou no segundo tempo.

– Depois disso fomos jogar nas Laranjeiras contra o Americano. Se não ganhássemos, lá vinha porrada. Perdemos o Renato com lesão na panturrilha no comecinho do jogo. Entrou o Leonardo, que fez gol. Vencemos bem ali, 4 a 1, não é? Foi um alívio – conta Joel Santana.

Posteriormente, o Fluminense foi crescendo na competição e, mesmo com altos e baixos. chegou na última rodada do octogonal final precisando vencer o Flamengo para ser campeão. O empate dava o título ao rival. O Tricolor chegou a abrir 2 a 0 ainda no primeiro tempo, com gols de Renato e Leonardo. No segundo, o adversário reagiu e chegou ao empate que lhe garantia a taça. Romário e Fabinho marcaram. No fim, Renato faria história ao desviar de barriga para o fundo da rede chutaço de Ailton também após linda jogada, dando dois dribles secos em Charles Guerreiro antes do arremate.


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